No post inaugural do tema Saúde pretendo analisar as vantagens e desvantagens de um sistema público em detrimento de um sistema privado e clarificar as razões que me levam a apostar no mesmo, bem como aquilo que penso que poderia ser melhorado.
Para mim a saúde deve ser acessível a todos, independentemente das condições sociais e económicas em que vivemos. Tal como a Educação, considero que é um direito ter acesso aos melhores cuidados de saúde desde o nascimento até à morte. Este é um sector fundamental na nossa sociedade que vai influenciar todos os outros (veja-se por exemplo a preocupação das empresas com a Gripe A). Sendo fundamental penso que faz todo o sentido investir nele e abrirmos a nossa mente a uma óptica mais ampla que a do custo/benefício em termos financeiros de forma directa. Na minha opinião a saúde não tem de dar lucro no mesmo sentido em que as empresas têm de dar pois potencia lucros cuja quantificação é bem mais difícil mas não por isso menos importantes.
Esta é razão "nuclear" pela qual apoio um sistema público de saúde. Pelo facto de não considerar necessário que a saúde dê lucro. Um hospital privado pode ser mais rigoroso nas suas contas e evitar desperdícios que um hospital público não evita mas procura sempre primeiro o lucro e não o bem-estar dos seus pacientes. Seja por negar o tratamento a alguém que não tenha dinheiro/seguro, seja por falsificar diagnósticos para receber mais subsídios estatais, seja por realizar determinados tratamentos que não sendo os mais adequados do ponto de vista médico o são do ponto de vista financeiro, os hospitais privados terão sempre todo o interesse em retirar o maior proveito económico possível da nossa situação. Não digo que o façam todos os dias nem em todos os hospitais. Eu já recorri a hospitais privados e fui bem tratado. Mas penso que quando colocamos algo à frente da saúde (neste caso o dinheiro) estamos a desviar-nos do caminho correcto. Estamos a confiar na honestidade de alguém cujo interesse não é comum ao nosso. O nosso é ficar curados. O deles é receber dinheiro.
Esta base de pensamento, esta hierarquia de prioridades terá influência em todo o processo produzindo assim resultados negativos quando apostamos num sistema privado. Com um sistema de saúde público as prioridades da administração do hospital podem convergir com as prioridades do paciente, produzindo resultados positivos.
É certo que um hospital é um investimento avultado e a factura da saúde nas contas públicas é pesada. A construção e gestão de um privado em troca de subsídios (cujo custo é muito menor) parece assim uma solução apetecível. Contudo não concordo com a mesma. Por mais que custe este investimento entendo que é essencial ser o estado a realizá-lo. A entrada nos privados poderá ocorrer na gestão (após construção do estado) mas com moldes específicos capazes de potenciar as vantagens dos privados com as prioridades de um sistema público. Uma gestão privada que anule ao máximo os desperdícios e que "rentabilize" da melhor maneira o hospital mas cujo pagamento não seja de acordo com o lucro/prejuízo daquele espaço. O montante recebido pela empresa gestora teria de estar de estar em concordância com parâmetros de sucesso em operações, tratamentos e diagnósticos e com a própria avaliação dos utilizadores. Esta seria uma forma de tentar canalizar a "sede por lucro" dos privados para algo que iria beneficiar os utilizadores e o próprio Sistema Nacional de Saúde.
Em suma, defendo um sistema público de saúde por considerar que é aquele cujas prioridades são comuns às de quem, infelizmente, necessita de recorrer a estes locais. É um investimento pesado e que produz efeitos imediatos muito nefastos para as contas públicas. Mas é um investimento a longo prazo e cujos benefícios são ainda maiores que o efeito inicial, tornando-o portanto num investimento "lucrativo" do ponto de vista social e até económico. Um bom sistema de saúde fomenta a inclusão social, gera ganhos na educação, aumenta a competitividade do país, é benéfica para as empresas, gera empregos, produz inovações tecnológicas, apoia a investigação, melhora a qualidade de vida e acima de tudo... salva pessoas.
terça-feira, 28 de julho de 2009
domingo, 26 de julho de 2009
Religião
A existência de crenças religiosas ou de crenças em algo sobrenatural ou superior à existência humana confunde-se com a própria existência do homo sapiens sapiens. Se existe algo tão antigo quanto a nossa espécie são os cultos e rituais religiosos. Desde os Homens primitivos até aos dias de hoje que esse culto e crença se mantêm. A religião é algo comum a todos os povos dos cinco continentes e a sua influência nas decisões individuais e colectivas continua a ser enorme.
Católicos, judeus, muçulmanos, budistas, etc. Todos eles partilham um ponto em comum. A crença em alguém/algo superior. Na minha opinião o maior medo da Humanidade é do desconhecido. Fruto da nossa inteligência e carácter curioso é normal nunca estarmos satisfeitos com o nosso grau de conhecimento e procurarmos obter sempre respostas a cada vez mais perguntas. É a nossa natureza e aquilo que nos possibilita evoluir. A religião oferece respostas às perguntas mais difíceis e é isso que atrai as pessoas. Hoje em dia, as pessoas que questionam a religião (não acreditam em nenhuma) é porque conseguem esse "conforto" com a ciência que oferece cada vez mais explicações. Seguindo ou não qualquer religião creio que a base é a mesma, no sentido em que necessitamos de ver respondidas as nossas perguntas. Uns seguem a Bíblia, outros a Tora, outros o Corão, etc. Outros ainda seguem a ciência. Mas todos com o mesmo objectivo, todos à procura dum "apoio". De algo/alguém que os guie.
Pessoalmente não sigo nenhuma religião. Fui baptizado segundo a Igreja Católica, frequentei a catequese e realizei a primeira comunhão. Quando atingi um nível de maturidade capaz de decidir por mim próprio decidi não seguir nenhuma religião. Contudo respeito todas elas e a ligação que tive à Igreja Católica incutiu-me determinados valores que ainda hoje me orientam. Apesar de ser ateu acho que a religião é fundamental para as sociedades e para o ser humano individualmente. De seguida vou explicar as duas grandes razões para tal afirmação.
A religião tem um papel muito importante na construção do indivíduo devido à influência que tem nele. É um "instrumento" por excelência na propagação de ideais e de valores, valores esses que estão muitas vezes associados à solidariedade, esperança, bondade, justiça, etc. Estes valores são essenciais para a construção de uma sociedade próspera e respeitadora. É comum vermos as religiões associadas a causas ligadas aos direitos humanos e é gratificante ver todos aqueles fieis a lutarem por um mundo melhor. A devoção por uma religião é capaz de gerar indivíduos que dão a sua vida pelos outros e que são capazes de trabalhar somente com a paga de contribuírem para um mundo melhor. Em suma, a religião é capaz de incutir valores que se tornem as "sementes" de um mundo melhor.
O segundo motivo pelo qual considero a religião como uma "peça" fundamental na sociedade é o tal apoio e capacidade de resposta que oferece aos seus fieis. Com o conhecimento de que dispomos actualmente e apesar das inúmeras respostas que a ciência nos oferece, penso que existe ainda demasiado por responder, demasiado por compreender. Além do "problema" do desconhecido existem também questões relacionadas com aquilo que já conhecemos. A energia nuclear e a manipulação ambiental são apenas dois exemplos. A religião não deve impedir o progresso mas pode complementá-lo e aconselhar-nos do ponto de vista moral quando descobrimos algo capaz de gerar grandes repercussões, positivas ou negativas. A busca pelo conhecimento não deve ter limites mas aquilo que fazemos com esse conhecimento tem de ser limitado por algo, sob pena de podermos vir a causar a nossa própria destruição. A religião significa muitas vezes esse algo.
Tenho 25 anos, uma alimentação saudável e pratico desporto regularmente. Não tenho nenhum problema físico ou mental diagnosticado e faço exames médicos regularmente. Vou a andar na rua, tenho um ataque cardíaco e morro. Como explicar à minha família o sucedido? Que mais os pode ajudar para além da fé? A fé em alguém ou algo é aquilo que nos faz ser capazes de pensar ou fazer o impossível. É aquilo que nos dá esperança quando tudo está perdido e quando ninguém nos oferece uma resposta que nos satisfaça por dentro. Muitas pessoas encontram essa fé na religião. Outras onde quer que a encontrem não devem deixar de ter fé, de acreditar. Seja em algo pessoal ou geral. Seja em nós próprios ou nos outros. Seja nas atitudes ou nos pensamentos. Seja no passado, presente ou futuro. Seja no que for. Porque quando deixamos de acreditar ficamos vazios por dentro.
Católicos, judeus, muçulmanos, budistas, etc. Todos eles partilham um ponto em comum. A crença em alguém/algo superior. Na minha opinião o maior medo da Humanidade é do desconhecido. Fruto da nossa inteligência e carácter curioso é normal nunca estarmos satisfeitos com o nosso grau de conhecimento e procurarmos obter sempre respostas a cada vez mais perguntas. É a nossa natureza e aquilo que nos possibilita evoluir. A religião oferece respostas às perguntas mais difíceis e é isso que atrai as pessoas. Hoje em dia, as pessoas que questionam a religião (não acreditam em nenhuma) é porque conseguem esse "conforto" com a ciência que oferece cada vez mais explicações. Seguindo ou não qualquer religião creio que a base é a mesma, no sentido em que necessitamos de ver respondidas as nossas perguntas. Uns seguem a Bíblia, outros a Tora, outros o Corão, etc. Outros ainda seguem a ciência. Mas todos com o mesmo objectivo, todos à procura dum "apoio". De algo/alguém que os guie.
Pessoalmente não sigo nenhuma religião. Fui baptizado segundo a Igreja Católica, frequentei a catequese e realizei a primeira comunhão. Quando atingi um nível de maturidade capaz de decidir por mim próprio decidi não seguir nenhuma religião. Contudo respeito todas elas e a ligação que tive à Igreja Católica incutiu-me determinados valores que ainda hoje me orientam. Apesar de ser ateu acho que a religião é fundamental para as sociedades e para o ser humano individualmente. De seguida vou explicar as duas grandes razões para tal afirmação.
A religião tem um papel muito importante na construção do indivíduo devido à influência que tem nele. É um "instrumento" por excelência na propagação de ideais e de valores, valores esses que estão muitas vezes associados à solidariedade, esperança, bondade, justiça, etc. Estes valores são essenciais para a construção de uma sociedade próspera e respeitadora. É comum vermos as religiões associadas a causas ligadas aos direitos humanos e é gratificante ver todos aqueles fieis a lutarem por um mundo melhor. A devoção por uma religião é capaz de gerar indivíduos que dão a sua vida pelos outros e que são capazes de trabalhar somente com a paga de contribuírem para um mundo melhor. Em suma, a religião é capaz de incutir valores que se tornem as "sementes" de um mundo melhor.
O segundo motivo pelo qual considero a religião como uma "peça" fundamental na sociedade é o tal apoio e capacidade de resposta que oferece aos seus fieis. Com o conhecimento de que dispomos actualmente e apesar das inúmeras respostas que a ciência nos oferece, penso que existe ainda demasiado por responder, demasiado por compreender. Além do "problema" do desconhecido existem também questões relacionadas com aquilo que já conhecemos. A energia nuclear e a manipulação ambiental são apenas dois exemplos. A religião não deve impedir o progresso mas pode complementá-lo e aconselhar-nos do ponto de vista moral quando descobrimos algo capaz de gerar grandes repercussões, positivas ou negativas. A busca pelo conhecimento não deve ter limites mas aquilo que fazemos com esse conhecimento tem de ser limitado por algo, sob pena de podermos vir a causar a nossa própria destruição. A religião significa muitas vezes esse algo.
Tenho 25 anos, uma alimentação saudável e pratico desporto regularmente. Não tenho nenhum problema físico ou mental diagnosticado e faço exames médicos regularmente. Vou a andar na rua, tenho um ataque cardíaco e morro. Como explicar à minha família o sucedido? Que mais os pode ajudar para além da fé? A fé em alguém ou algo é aquilo que nos faz ser capazes de pensar ou fazer o impossível. É aquilo que nos dá esperança quando tudo está perdido e quando ninguém nos oferece uma resposta que nos satisfaça por dentro. Muitas pessoas encontram essa fé na religião. Outras onde quer que a encontrem não devem deixar de ter fé, de acreditar. Seja em algo pessoal ou geral. Seja em nós próprios ou nos outros. Seja nas atitudes ou nos pensamentos. Seja no passado, presente ou futuro. Seja no que for. Porque quando deixamos de acreditar ficamos vazios por dentro.
sábado, 25 de julho de 2009
Eu estou farto!
"No Irão morreram mais de 20 pessoas em protesto contra os resultados eleitorais e exigindo mais democracia. As liberdades fundamentais foram suspensas. Nas Honduras, militares golpistas extraditaram o presidente democraticamente eleito. Os protestos já geraram duas vítimas mortais. As liberdades fundamentais foram suspensas. Na China, 140 pessoas morreram em protestos contra a suposta hegemonia de uma etnia. 1400 pessoas foram presas e as liberdades fundamentais foram suspensas.
Estamos fartos disto! Estamos fartos de repressões e ditadurices. Estamos fartos de desrespeitos claros aos mais básicos direitos fundamentais. Estamos fartos de ver a liberdade ser suspensa. Estamos fartos de ver a democracia ser adiada em tantos países. Estamos fartos da paz ser constantemente hipotecada. Não pode ser! Estamos fartos e, dentro das possibilidades de cada um, vamos fazer barulho por isso! Temos dito!"
Para mais informações consulte www.fartos.net
Convido directamente os seguintes blogs para se juntarem a esta causa:
O Banqueiro Anarquista
Foguetório
O país do Burro
GEOCRUSOE
Convido directamente os seguintes blogs para se juntarem a esta causa:
O Banqueiro Anarquista
Foguetório
O país do Burro
GEOCRUSOE
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Parabéns ao O Valor das Ideias
Hoje o blog O Valor das Ideias faz um ano de vida e pela minha parte só posso esperar que cumpra muitos mais! Carlos Santos (o autor do blog) é um economista com méritos inquestionáveis em várias áreas como a economia, econometria, ciência política, geopolítica, geoeconomia, entre outras. Mas essa não é a razão pela qual lhe presto hoje esta humilde homenagem. O Carlos é meu amigo e essa é a razão que me faz celebrar o aniversário do seu blog.
Tudo começou quando a corrida para a presidência americana começou a ganhar força com a luta entre Barack Obama e Hillary Clinton para a nomeação democrata. Pesquisei no Google "eleições americanas" e um post de Carlos Santos apareceu na primeira página de resultados do motor de busca. Desde esse dia que fiquei fã do blog e do autor e posso afirmar com sinceridade que quando não visito o O Valor das Ideias é porque estou num local sem computador e ligação à Internet. Acompanhei passo a passo as eleições americanas neste blog onde trocava ideias com o autor e vários outros leitores. Foi sem dúvida uma experiência enriquecedora e gratificante.
À medida que o debate ia aumentando a amizade foi surgindo fruto de uma troca de ideias saudável e de uma visão global com bastantes pontos comuns. Com a eleição de Barack Obama para a presidência dos EUA, O Valor das Ideias entrou num período menos activo para grande desgosto meu. Mal eu sabia da surpresa que Carlos Santos estava a preparar. Com a entrada de 2009, entrou também um novo ciclo naquele espaço onde o autor teve a enorme proeza de conseguir escrever textos com uma qualidade ainda melhor que aqueles que escreveu sobre as eleições nos EUA, tarefa nada fácil e somente digna dos mais capazes escribas. Em Fevereiro Carlos Santos "pediu desculpas" pelo período em que esteve inactivo com o lançamento do seu livro "E agora, Obama?". Pela qualidade que demonstra desde a primeira à ultima página posso dizer que aceito o pedido de desculpas. Corri quase uma dezena de livrarias para encontrar esta pérola da escrita mas a reflexão profunda e análise baseada em argumentos fez valer a pena.
O Valor das Ideias trata agora a actualidade, com especial destaque para a economia e política. Se tivesse que descrever este blog de uma forma simples diria que é uma "Wikipédia sem erros". Para quem quiser saber o significado de biblioteca online basta passar por esta grande referência da blogosfera. Em todos os posts aprendemos sempre algo e podemos expor as nossas opiniões e contar com um debate baseado em ideias que surgem após uma reflexão e análise dos factos e não em seguidismos fáceis.
Pela qualidade, pelo debate, pelas ideias, pelas análises, pelos desafios, pelas reflexões e acima de tudo pela amizade resta-me desejar um feliz aniversário ao O Valor das Ideias e esperar que o autor só fique inactivo quando escrever um livro sobre o primeiro ano de mandato de Obama.
Os meus parabéns ao O Valor das Ideias e um grande abraço ao meu amigo Carlos Santos.
Tudo começou quando a corrida para a presidência americana começou a ganhar força com a luta entre Barack Obama e Hillary Clinton para a nomeação democrata. Pesquisei no Google "eleições americanas" e um post de Carlos Santos apareceu na primeira página de resultados do motor de busca. Desde esse dia que fiquei fã do blog e do autor e posso afirmar com sinceridade que quando não visito o O Valor das Ideias é porque estou num local sem computador e ligação à Internet. Acompanhei passo a passo as eleições americanas neste blog onde trocava ideias com o autor e vários outros leitores. Foi sem dúvida uma experiência enriquecedora e gratificante.
À medida que o debate ia aumentando a amizade foi surgindo fruto de uma troca de ideias saudável e de uma visão global com bastantes pontos comuns. Com a eleição de Barack Obama para a presidência dos EUA, O Valor das Ideias entrou num período menos activo para grande desgosto meu. Mal eu sabia da surpresa que Carlos Santos estava a preparar. Com a entrada de 2009, entrou também um novo ciclo naquele espaço onde o autor teve a enorme proeza de conseguir escrever textos com uma qualidade ainda melhor que aqueles que escreveu sobre as eleições nos EUA, tarefa nada fácil e somente digna dos mais capazes escribas. Em Fevereiro Carlos Santos "pediu desculpas" pelo período em que esteve inactivo com o lançamento do seu livro "E agora, Obama?". Pela qualidade que demonstra desde a primeira à ultima página posso dizer que aceito o pedido de desculpas. Corri quase uma dezena de livrarias para encontrar esta pérola da escrita mas a reflexão profunda e análise baseada em argumentos fez valer a pena.
O Valor das Ideias trata agora a actualidade, com especial destaque para a economia e política. Se tivesse que descrever este blog de uma forma simples diria que é uma "Wikipédia sem erros". Para quem quiser saber o significado de biblioteca online basta passar por esta grande referência da blogosfera. Em todos os posts aprendemos sempre algo e podemos expor as nossas opiniões e contar com um debate baseado em ideias que surgem após uma reflexão e análise dos factos e não em seguidismos fáceis.
Pela qualidade, pelo debate, pelas ideias, pelas análises, pelos desafios, pelas reflexões e acima de tudo pela amizade resta-me desejar um feliz aniversário ao O Valor das Ideias e esperar que o autor só fique inactivo quando escrever um livro sobre o primeiro ano de mandato de Obama.
Os meus parabéns ao O Valor das Ideias e um grande abraço ao meu amigo Carlos Santos.
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Um mar mais azul
Tive o prazer de escrever o seguinte texto para celebrar o primeiro aniversário do blog O Valor das Ideias de Carlos Santos.
"Portugal é o país da UE com a ZEE (Zona Económica Exclusiva) mais extensa e é bem conhecida a relação que o nosso país tem com a imensidão azul que cobre mais de 70% da superfície terrestre. Esta riqueza que chega até de nós desde as profundezas aumentou bastante o seu valor tornando-se num potencial à escala global, a mesma escala do problema que pode resolver. Estou a falar da nova geração de energias renováveis que incluem o mar como parte da solução e onde Portugal se pode posicionar na dianteira mundial, conquistando e descobrindo uma vez mais todos os oceanos existentes.
Seja na energia eólica offshore, na energia das ondas ou na energia das correntes marítimas, a nossa historia, o nosso conhecimento, o nosso empenho e os nossos recursos naturais permitem que Portugal alcance uma posição de topo nesta área. Agradam-me os investimentos que estão a ser feitos neste sector e espero que se multipliquem à medida que os resultados vão surgindo e que a tecnologia vai amadurecendo. Pelo imperativo ambiental, económico e até social é vital que o nosso país não perca esta oportunidade de contribuir para um mundo mais sustentável, para a criação de milhares de empregos qualificados, para a criação de riqueza e para o desenvolvimento de Portugal e do mundo.
É caso para dizer que o mar ficou mais azul."
"Portugal é o país da UE com a ZEE (Zona Económica Exclusiva) mais extensa e é bem conhecida a relação que o nosso país tem com a imensidão azul que cobre mais de 70% da superfície terrestre. Esta riqueza que chega até de nós desde as profundezas aumentou bastante o seu valor tornando-se num potencial à escala global, a mesma escala do problema que pode resolver. Estou a falar da nova geração de energias renováveis que incluem o mar como parte da solução e onde Portugal se pode posicionar na dianteira mundial, conquistando e descobrindo uma vez mais todos os oceanos existentes.
Seja na energia eólica offshore, na energia das ondas ou na energia das correntes marítimas, a nossa historia, o nosso conhecimento, o nosso empenho e os nossos recursos naturais permitem que Portugal alcance uma posição de topo nesta área. Agradam-me os investimentos que estão a ser feitos neste sector e espero que se multipliquem à medida que os resultados vão surgindo e que a tecnologia vai amadurecendo. Pelo imperativo ambiental, económico e até social é vital que o nosso país não perca esta oportunidade de contribuir para um mundo mais sustentável, para a criação de milhares de empregos qualificados, para a criação de riqueza e para o desenvolvimento de Portugal e do mundo.
É caso para dizer que o mar ficou mais azul."
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quarta-feira, 22 de julho de 2009
Educação - Análise Completa
Seguem aqui as várias análises feitas sobre o tema Educação.
1) Ensino Público
2) Plano de Investimentos
3) Ensino Profissional/Técnico
4) Ensino Superior
5) Constante formação
1) Ensino Público
2) Plano de Investimentos
3) Ensino Profissional/Técnico
4) Ensino Superior
5) Constante formação
terça-feira, 21 de julho de 2009
Educação - Formação Constante
O último post dedicado à Educação centra-se em torno da importância da formação constante ao longo da vida de cada um de nós. Formação que pode durar horas, dias, semanas ou mesmo meses. Formação sem um grau pré-estabelecido. Formação que não é básica, secundária nem superior mas que é tão ou mais importante que estas.
É fácil esquecermos a importância que este tipo de formação tem na vida do indivíduo e o seu contributo para um país mais justo, competitivo e desenvolvido. A aprendizagem resultante da experiência de vida é muito importante e este tipo de formação que estou a falar, é uma forma de a "oficializar" e de a conjugar com conceitos teóricos que são necessários. Uma formação constante ao longo da vida do indivíduo é aquilo que permite a esse indivíduo actualizar-se e não parar no tempo em termos de pensamento e adaptação ao mercado de trabalho e à vida em sociedade em si.
Estes benefícios (geralmente) tornam-se mais evidentes em pessoas com um menor grau de escolaridade por terem tido menos estímulos intelectuais e por não terem conceitos teóricos que são essenciais à adaptação e aprendizagem prática. Imagine-se por exemplo uma fábrica que investe em maquinaria nova. Estas máquinas novas e modernas vão permitir que a fábrica aumente a sua produção e consequentemente a sua facturação. De nada serve este investimento se os empregados dessa fábrica não souberem trabalhar com as máquinas novas. Um indivíduo ao receber formação está a aumentar os seus conhecimentos e a tornar-se mais produtivo, não só no trabalho em si mas também a nível social. Ao recebermos formação ficamos aptos para realizar mais tarefas ou para realizar melhor tarefas que já realizávamos anteriormente. Isto leva a ganhos de competitividade nas empresas que podem ser suficientes para separar o fracasso do sucesso. Isto leva a que a pessoa possa aceitar um maior leque de empregos ou seja menos facilmente despedida por ser adaptar melhor a novas tarefas, contribuindo assim para reduzir o desemprego. Isto leva a que pessoa possa receber um salário mais elevado. Isto leva a que pessoa tenha uma maior propensão para querer aumentar as suas qualificações e estimula interesses culturais. Resumindo, este tipo de formação possibilita uma melhor vida social e profissional e acima de tudo, contribui para a actualização das pessoas (o melhor exemplo será o das tecnologias). Basta-nos imaginar os benefícios que a nossa agricultura poderia colher de simples acções de formação sobre rega, plantação, controlo de pragas, etc. para percebermos o quão importante em todos os sectores este vector da Educação é.
A formação constante ao longo da vida é a "tradução" prática do ditado "o saber não ocupa lugar" e a sua aposta é fundamental tanto do ponto de vista económico como social. Os seus resultados podem ser mais visíveis nas pessoas com menores qualificações mas todos nós sem excepção necessitamos de uma aprendizagem constante leccionada de várias formas (o debate e a troca de ideias são uma delas) que nos permite ir enriquecendo individualmente e enriquecer um pouco mais a nossa sociedade.
É fácil esquecermos a importância que este tipo de formação tem na vida do indivíduo e o seu contributo para um país mais justo, competitivo e desenvolvido. A aprendizagem resultante da experiência de vida é muito importante e este tipo de formação que estou a falar, é uma forma de a "oficializar" e de a conjugar com conceitos teóricos que são necessários. Uma formação constante ao longo da vida do indivíduo é aquilo que permite a esse indivíduo actualizar-se e não parar no tempo em termos de pensamento e adaptação ao mercado de trabalho e à vida em sociedade em si.
Estes benefícios (geralmente) tornam-se mais evidentes em pessoas com um menor grau de escolaridade por terem tido menos estímulos intelectuais e por não terem conceitos teóricos que são essenciais à adaptação e aprendizagem prática. Imagine-se por exemplo uma fábrica que investe em maquinaria nova. Estas máquinas novas e modernas vão permitir que a fábrica aumente a sua produção e consequentemente a sua facturação. De nada serve este investimento se os empregados dessa fábrica não souberem trabalhar com as máquinas novas. Um indivíduo ao receber formação está a aumentar os seus conhecimentos e a tornar-se mais produtivo, não só no trabalho em si mas também a nível social. Ao recebermos formação ficamos aptos para realizar mais tarefas ou para realizar melhor tarefas que já realizávamos anteriormente. Isto leva a ganhos de competitividade nas empresas que podem ser suficientes para separar o fracasso do sucesso. Isto leva a que a pessoa possa aceitar um maior leque de empregos ou seja menos facilmente despedida por ser adaptar melhor a novas tarefas, contribuindo assim para reduzir o desemprego. Isto leva a que pessoa possa receber um salário mais elevado. Isto leva a que pessoa tenha uma maior propensão para querer aumentar as suas qualificações e estimula interesses culturais. Resumindo, este tipo de formação possibilita uma melhor vida social e profissional e acima de tudo, contribui para a actualização das pessoas (o melhor exemplo será o das tecnologias). Basta-nos imaginar os benefícios que a nossa agricultura poderia colher de simples acções de formação sobre rega, plantação, controlo de pragas, etc. para percebermos o quão importante em todos os sectores este vector da Educação é.
A formação constante ao longo da vida é a "tradução" prática do ditado "o saber não ocupa lugar" e a sua aposta é fundamental tanto do ponto de vista económico como social. Os seus resultados podem ser mais visíveis nas pessoas com menores qualificações mas todos nós sem excepção necessitamos de uma aprendizagem constante leccionada de várias formas (o debate e a troca de ideias são uma delas) que nos permite ir enriquecendo individualmente e enriquecer um pouco mais a nossa sociedade.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Educação - Ensino Superior
Neste penúltimo post sobre Educação vou analisar a importância do ensino superior. Cada vez mais portugueses optam por ingressar neste tipo de ensino e aumentar as suas qualificações. Portugal, na minha opinião, conta com bastantes universidades muito competentes e exigentes. Em qualquer parte do mundo, em qualquer área, existe sempre um português que se destaca e isso é sem dúvida um motivo de orgulho para o nosso país.
O país necessita de se desenvolver e para o país como um todo se desenvolver é preciso existir um desenvolvimento individual em cada um de nós. A educação é uma "ferramenta" para alcançar esse desenvolvimento já que nos possibilita uma aquisição de conhecimentos e experiências que nos aumentam as capacidades para realizar tarefas que já podíamos realizar e que nos conferem a aptidão para realizar tarefas novas. Quanto maior for a especificidade desses conhecimentos, melhor a qualidade das tarefas realizadas no âmbito dos mesmos. O ensino superior é o "apogeu" dessa especificidade e prepara-nos para realizar tarefas com um grau de qualidade bastante elevado. Portugal como país desenvolvido que é tem de apostar no conhecimento específico e desenvolver tarefas que países com salários mais baixos ainda não são capazes de realizar, ou pelo menos, não com a mesma qualidade. É necessário fomentar e facilitar o acesso ao ensino superior (entenda-se facilitar como por exemplo proporcionar o seu acesso aos escalões mais pobres da sociedade) e também preparar o país para empregar esse género de pessoas, tirando o máximo de proveito da formação adquirida.
Os cursos devem-se ir adaptando à realidade em constante mudança, não só em número de vagas mas como nos próprios conteúdos. Temos de garantir que as universidades dispõem das melhores infra-estruturas, equipamentos e docentes. Só assim teremos a certeza de estar a potenciar e aproveitar todo o talento existente. Deve-se estimular a interligação entre a aprendizagem prática e a aprendizagem teórica e apoiar actividades e programas extra-curriculares. Apoiar projectos de investigação/empresariais dos estudantes/recém-formados contribui bastante para o desenvolvimento de novas ideias que podem contribuir bastante para o desenvolvimento do país. A aposta num ensino superior de qualidade e acessível à totalidade da população deve contemplar a aposta em centros de investigação, parques tecnológicos, etc. É necessário formar grandes pessoas e é necessário dar-lhes oportunidades para que não tenham de ir para outros países à procura das "ferramentas" necessárias para a concretização dos seus projectos. O recente exemplo da forte aposta em nanotecnologia deve ser considerado como a "ponta do icebergue". Outros sectores como a saúde, agricultura, energias renováveis, ordenamento do território, construção, transportes, etc. encerram grandes potencialidades. Investir no ensino superior e no mundo em seu redor é investir no futuro a longo-prazo, é antecipar o futuro e tomar a dianteira nesse futuro que nós próprios estamos a criar.
A especialização leva à criatividade, inovação e competitividade necessárias para o sucesso. Portugal tem um grande potencial ao nível de recursos humanos e em sectores por explorar. Numa Europa e num mundo do século XXI onde cada vez mais conhecimento é poder, Portugal tem de recuperar o "tempo perdido" (devido à nossa História ainda algo recente) e duplicar esforços no sentido de antecipar o futuro. Já demos provas de que conseguimos alcançar grandes feitos e de que somos capazes de nos destacar em todas as áreas. Para mim, o investimento no ensino superior (englobando as estruturas de ensino, investigação e empregabilidade) é uma chave para multiplicar esses exemplos e para apoiar a tão necessária reconstrução do país. Grandes projectos de engenharia, reformas agrárias e industriais, aproveitamento de novas fontes de energia, nova mobilidade, melhor saúde e educação terão de ser apoiadas por recursos humanos com formação e capazes de tornar realidade estes objectivos e projectos. Sem uma estrutura humana que suporte estes projectos nenhum deles conseguirá sair do papel. A crescente aposta no ensino superior é o "espelho" de um novo Portugal. Um Portugal reconstruído e moderno com uma população capaz de o erguer e manter.
O país necessita de se desenvolver e para o país como um todo se desenvolver é preciso existir um desenvolvimento individual em cada um de nós. A educação é uma "ferramenta" para alcançar esse desenvolvimento já que nos possibilita uma aquisição de conhecimentos e experiências que nos aumentam as capacidades para realizar tarefas que já podíamos realizar e que nos conferem a aptidão para realizar tarefas novas. Quanto maior for a especificidade desses conhecimentos, melhor a qualidade das tarefas realizadas no âmbito dos mesmos. O ensino superior é o "apogeu" dessa especificidade e prepara-nos para realizar tarefas com um grau de qualidade bastante elevado. Portugal como país desenvolvido que é tem de apostar no conhecimento específico e desenvolver tarefas que países com salários mais baixos ainda não são capazes de realizar, ou pelo menos, não com a mesma qualidade. É necessário fomentar e facilitar o acesso ao ensino superior (entenda-se facilitar como por exemplo proporcionar o seu acesso aos escalões mais pobres da sociedade) e também preparar o país para empregar esse género de pessoas, tirando o máximo de proveito da formação adquirida.
Os cursos devem-se ir adaptando à realidade em constante mudança, não só em número de vagas mas como nos próprios conteúdos. Temos de garantir que as universidades dispõem das melhores infra-estruturas, equipamentos e docentes. Só assim teremos a certeza de estar a potenciar e aproveitar todo o talento existente. Deve-se estimular a interligação entre a aprendizagem prática e a aprendizagem teórica e apoiar actividades e programas extra-curriculares. Apoiar projectos de investigação/empresariais dos estudantes/recém-formados contribui bastante para o desenvolvimento de novas ideias que podem contribuir bastante para o desenvolvimento do país. A aposta num ensino superior de qualidade e acessível à totalidade da população deve contemplar a aposta em centros de investigação, parques tecnológicos, etc. É necessário formar grandes pessoas e é necessário dar-lhes oportunidades para que não tenham de ir para outros países à procura das "ferramentas" necessárias para a concretização dos seus projectos. O recente exemplo da forte aposta em nanotecnologia deve ser considerado como a "ponta do icebergue". Outros sectores como a saúde, agricultura, energias renováveis, ordenamento do território, construção, transportes, etc. encerram grandes potencialidades. Investir no ensino superior e no mundo em seu redor é investir no futuro a longo-prazo, é antecipar o futuro e tomar a dianteira nesse futuro que nós próprios estamos a criar.
A especialização leva à criatividade, inovação e competitividade necessárias para o sucesso. Portugal tem um grande potencial ao nível de recursos humanos e em sectores por explorar. Numa Europa e num mundo do século XXI onde cada vez mais conhecimento é poder, Portugal tem de recuperar o "tempo perdido" (devido à nossa História ainda algo recente) e duplicar esforços no sentido de antecipar o futuro. Já demos provas de que conseguimos alcançar grandes feitos e de que somos capazes de nos destacar em todas as áreas. Para mim, o investimento no ensino superior (englobando as estruturas de ensino, investigação e empregabilidade) é uma chave para multiplicar esses exemplos e para apoiar a tão necessária reconstrução do país. Grandes projectos de engenharia, reformas agrárias e industriais, aproveitamento de novas fontes de energia, nova mobilidade, melhor saúde e educação terão de ser apoiadas por recursos humanos com formação e capazes de tornar realidade estes objectivos e projectos. Sem uma estrutura humana que suporte estes projectos nenhum deles conseguirá sair do papel. A crescente aposta no ensino superior é o "espelho" de um novo Portugal. Um Portugal reconstruído e moderno com uma população capaz de o erguer e manter.
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quarta-feira, 15 de julho de 2009
Carro Eléctrico
Uma vertente essencial no âmbito do desenvolvimento sustentável é a mobilidade. O automóvel é o principal meio de transporte a nível mundial e Portugal em particular, sente fortemente essa dependência. Apesar de muitos problemas relacionados com a mobilidade poderem ser resolvidos com investimentos em transportes públicos, a flexibilidade do carro torna-o insubstituível. É preciso então, encontrar soluções que melhorem este meio de transporte tornando-o mais "amigo" do ambiente.
Uma das principais mudanças necessárias é a alteração dos motores a combustão para motores eléctricos. Se a energia produzida para carregar as baterias que alimentam estes motores provir de fontes renováveis e limpas, estamos a evitar a emissão de gases poluentes que prejudicam o meio ambiente e a saúde pública. Outras mudanças serão necessárias (por exemplo a incorporação de materiais reciclados na construção do veículo) mas este tem sido o "cavalo de batalha" das principais marcas do ramo automóvel. O imperativo ambiental aliado a um preço cada vez mais inconstante do petróleo (e consequentemente das gasolinas e gasóleos) leva a uma procura renovada por carros eléctricos. As marcas aperceberam-se que este é o veículo do futuro e talvez a chave para tentar solucionar a crise do ramo automóvel. Os projectos de investigação e desenvolvimento multiplicam-se numa corrida desenfreada para melhorar esta tecnologia. As melhorias ao nível do desempenho e autonomia são notáveis e prometem continuar. Não duvido que caso esta tecnologia seja implantada com sucesso nos carros, as marcas passem a desenvolver soluções para outro tipo de veículos terrestres (motas, camiões, etc.) disseminando a tecnologia do veículo eléctrico como uma alternativa ambientalmente responsável e económica. Os governos de vários países já desenvolveram parcerias essencialmente para a constituição de redes de abastecimento a nível nacional. Portugal é um desses pioneiros, tendo negociado com a Renault-Nissan a implementação dos carros eléctricos no mercado português e com empresas como a Martifer, Sonae, Galp, EDP e outras o sistema de abastecimento. Este sistema tem uma importância muitas vezes esquecida por todos nós. Acima frisei as melhorias no desempenho e na autonomia dos carros eléctricos mas o carro em si é apenas metade da solução. O carregamento deste veículos é demorado e se em casa podemos deixá-lo a carregar durante a noite, o carregamento em viagem torna-se mais complicado. É até equacionada a hipótese de se trocar as baterias em vez de as carregarmos nesses postos de abastecimento. Se para "atestar" o meu carro demoro 4 horas, é preferível trocar a bateria descarregada por uma carregada. De seguida o posto de abastecimento carrega a minha bateria que servirá para outro cliente.
Também nesta área surgiu um importante desenvolvimento, fundamental para o sucesso da nova geração de automóveis. Uma empresa norte-americana, a Evoasis conseguiu reduzir o tempo de espera de várias horas para 20 minutos. O "segredo" está nas tomadas que são de 440 volts. Esta empresa projectou uma estação de abastecimento que será testada em Londres devido à densidade populacional. Esta inovadora estação de abastecimento para carros eléctricos assemelha-se a uma doca (os automóveis estacionam em torno de um centro) e os condutores podem ver televisão, aceder à internet ou visitar o café da estação. O objectivo é proporcionar conforto aos utilizadores de carros eléctricos enquanto esperam que os seus veículos sejam carregados com energia renovável já que esta estação utiliza o sol e o vento para produzir a energia de que necessita.
Apesar de achar que 20 minutos é ainda demasiado tempo (penso que o tempo médio deveria rondar os 5 minutos) este desenvolvimento é extremamente importante. O sucesso do carro eléctrico vai depender do veículo em si mas também da rede de abastecimento. No caso do veículo é preciso mostrar que um carro eléctrico é tão autónomo e veloz quanto um carro convencional, demonstrando aos condutores que se adequa perfeitamente às suas necessidaes diárias. No caso da rede de abastecimento é preciso introduzir uma nova "filosofia" onde o condutor se habitua a esperar mas fá-lo com qualidade e aproveitando esse tempo para desenvolver outras tarefas (por exemplo consultar o e-mail já que tem acesso à internet ou adiantar qualquer tipo de trabalho), compensando desse modo o tempo "perdido" já que o vai poupar mais tarde. O carro eléctrico vai chegar para ficar e até à sua entrada "a sério" no mercado muitos mais desenvolvimentos e melhorias se seguirão.
Uma das principais mudanças necessárias é a alteração dos motores a combustão para motores eléctricos. Se a energia produzida para carregar as baterias que alimentam estes motores provir de fontes renováveis e limpas, estamos a evitar a emissão de gases poluentes que prejudicam o meio ambiente e a saúde pública. Outras mudanças serão necessárias (por exemplo a incorporação de materiais reciclados na construção do veículo) mas este tem sido o "cavalo de batalha" das principais marcas do ramo automóvel. O imperativo ambiental aliado a um preço cada vez mais inconstante do petróleo (e consequentemente das gasolinas e gasóleos) leva a uma procura renovada por carros eléctricos. As marcas aperceberam-se que este é o veículo do futuro e talvez a chave para tentar solucionar a crise do ramo automóvel. Os projectos de investigação e desenvolvimento multiplicam-se numa corrida desenfreada para melhorar esta tecnologia. As melhorias ao nível do desempenho e autonomia são notáveis e prometem continuar. Não duvido que caso esta tecnologia seja implantada com sucesso nos carros, as marcas passem a desenvolver soluções para outro tipo de veículos terrestres (motas, camiões, etc.) disseminando a tecnologia do veículo eléctrico como uma alternativa ambientalmente responsável e económica. Os governos de vários países já desenvolveram parcerias essencialmente para a constituição de redes de abastecimento a nível nacional. Portugal é um desses pioneiros, tendo negociado com a Renault-Nissan a implementação dos carros eléctricos no mercado português e com empresas como a Martifer, Sonae, Galp, EDP e outras o sistema de abastecimento. Este sistema tem uma importância muitas vezes esquecida por todos nós. Acima frisei as melhorias no desempenho e na autonomia dos carros eléctricos mas o carro em si é apenas metade da solução. O carregamento deste veículos é demorado e se em casa podemos deixá-lo a carregar durante a noite, o carregamento em viagem torna-se mais complicado. É até equacionada a hipótese de se trocar as baterias em vez de as carregarmos nesses postos de abastecimento. Se para "atestar" o meu carro demoro 4 horas, é preferível trocar a bateria descarregada por uma carregada. De seguida o posto de abastecimento carrega a minha bateria que servirá para outro cliente.
Também nesta área surgiu um importante desenvolvimento, fundamental para o sucesso da nova geração de automóveis. Uma empresa norte-americana, a Evoasis conseguiu reduzir o tempo de espera de várias horas para 20 minutos. O "segredo" está nas tomadas que são de 440 volts. Esta empresa projectou uma estação de abastecimento que será testada em Londres devido à densidade populacional. Esta inovadora estação de abastecimento para carros eléctricos assemelha-se a uma doca (os automóveis estacionam em torno de um centro) e os condutores podem ver televisão, aceder à internet ou visitar o café da estação. O objectivo é proporcionar conforto aos utilizadores de carros eléctricos enquanto esperam que os seus veículos sejam carregados com energia renovável já que esta estação utiliza o sol e o vento para produzir a energia de que necessita.
Apesar de achar que 20 minutos é ainda demasiado tempo (penso que o tempo médio deveria rondar os 5 minutos) este desenvolvimento é extremamente importante. O sucesso do carro eléctrico vai depender do veículo em si mas também da rede de abastecimento. No caso do veículo é preciso mostrar que um carro eléctrico é tão autónomo e veloz quanto um carro convencional, demonstrando aos condutores que se adequa perfeitamente às suas necessidaes diárias. No caso da rede de abastecimento é preciso introduzir uma nova "filosofia" onde o condutor se habitua a esperar mas fá-lo com qualidade e aproveitando esse tempo para desenvolver outras tarefas (por exemplo consultar o e-mail já que tem acesso à internet ou adiantar qualquer tipo de trabalho), compensando desse modo o tempo "perdido" já que o vai poupar mais tarde. O carro eléctrico vai chegar para ficar e até à sua entrada "a sério" no mercado muitos mais desenvolvimentos e melhorias se seguirão.
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terça-feira, 14 de julho de 2009
Educação - Cursos Técnicos e Profissionais
Neste terceiro subtema da Educação vou abordar a importância dos cursos técnicos e profissionais. Actualmente temos assistido a uma crescente aposta neste tipo de cursos que permite aos seus estudantes completarem o ensino secundário enquanto aprendem uma profissão, no prazo de 3 anos, prazo esse igual para quem somente conclui o ensino secundário. Ano após ano, a oferta de cursos é cada vez mais alargada e o número de vagas não pára de aumentar. Praticamente todos os sectores estarão já abrangidos por este tipo de cursos.
Pessoalmente dou uma grande importância aos mesmos e considero a sua existência e ampliação como uma mais-valia para o país em inúmeros aspectos. Sou a favor da extensão do ensino obrigatório até ao 12º ano. Este tipo de cursos desempenha um papel importante no combate ao abandono escolar já que proporciona uma alternativa ao ensino superior. Seja por falta de interesse, dinheiro, capacidade intelectual, etc. quem não quiser seguir para uma formação superior pode agora ter uma formação com uma componente prática bastante acentuada e capaz de lhe assegurar um futuro viável. Estes cursos resolvem também um problema que deriva da falta de quadros médios. Com a extinção dos bacharelatos é necessária a existência de formação média capaz de corresponder às necessidades do país e os cursos técnico-profissionais vêem preencher essa lacuna. Não é por acaso que uma boa parte dos estudantes são imediatamente "absorvidos" pelo mercado de trabalho após a conclusão do curso. Ligado ao mercado de trabalho está também um outro problema que estes cursos poderão ajudar a resolver. O do desemprego. Mesmo que a crise termine e que o investimento público e privado criem bastantes postos de trabalho, muitos deles não podem ser aproveitados se não existir uma formação prévia. Ou seja, não basta apenas criar postos de trabalho, é preciso ter pessoas com formação para aquele tipo de trabalho. Além de que esta formação leva a que os trabalhadores se adaptem melhor a mudanças, tornando as empresas mais competitivas, e consequentemente, diminuindo a probabilidade de despedimento. As novas tecnologias são apenas um exemplo das mudanças a que os trabalhadores necessitam de se adaptar. Existem benefícios sociais que não podem ser descurados. Um indivíduo com maior formação tem menos propensão a tornar-se um delinquente, tende a ser mais tolerante, a compreender melhor o mundo em sua volta, a defender com mais ênfase os seus direitos, etc. São benefícios difíceis de quantificar mas não deixam de ser extremamente importantes. Determinadas profissões e ofícios estão subaproveitados e subsistem à conta da experiência profissional sem formação de base. Isto leva a situações de precariedade, fuga de impostos, desonestidade laboral, entre outros problemas. No futuro vejo profissões como canalizadores, electricistas, serralheiros e muitas mais com uma força de trabalho que conte com uma formação técnico-profissional, algo melhor para o trabalhador mas também para o cliente. Por fim, e não menos importante, estes cursos dotam as pessoas de uma formação capaz de lhes proporcionar uma vida digna. São empregos com uma remuneração "boa" e que dada a oferta de cursos, permitem que as pessoas façam aquilo que gostam, algo extremamente importante para a felicidade individual e para o sucesso no trabalho.
Por todas estas vantagens considero a aposta no ensino técnico e profissional como uma excelente aposta na Educação e onde os "laços" estabelecidos com outros sectores (económico e social) são ainda mais vincados. Portugal precisa de pessoas com este tipo de formação e essas pessoas têm um papel fundamental no desenvolvimento do país. São o "motor" do trabalho, são o "combustível" que faz avançar o país. O ensino técnico-profissional é um "talento" que vale a pena explorar.
Pessoalmente dou uma grande importância aos mesmos e considero a sua existência e ampliação como uma mais-valia para o país em inúmeros aspectos. Sou a favor da extensão do ensino obrigatório até ao 12º ano. Este tipo de cursos desempenha um papel importante no combate ao abandono escolar já que proporciona uma alternativa ao ensino superior. Seja por falta de interesse, dinheiro, capacidade intelectual, etc. quem não quiser seguir para uma formação superior pode agora ter uma formação com uma componente prática bastante acentuada e capaz de lhe assegurar um futuro viável. Estes cursos resolvem também um problema que deriva da falta de quadros médios. Com a extinção dos bacharelatos é necessária a existência de formação média capaz de corresponder às necessidades do país e os cursos técnico-profissionais vêem preencher essa lacuna. Não é por acaso que uma boa parte dos estudantes são imediatamente "absorvidos" pelo mercado de trabalho após a conclusão do curso. Ligado ao mercado de trabalho está também um outro problema que estes cursos poderão ajudar a resolver. O do desemprego. Mesmo que a crise termine e que o investimento público e privado criem bastantes postos de trabalho, muitos deles não podem ser aproveitados se não existir uma formação prévia. Ou seja, não basta apenas criar postos de trabalho, é preciso ter pessoas com formação para aquele tipo de trabalho. Além de que esta formação leva a que os trabalhadores se adaptem melhor a mudanças, tornando as empresas mais competitivas, e consequentemente, diminuindo a probabilidade de despedimento. As novas tecnologias são apenas um exemplo das mudanças a que os trabalhadores necessitam de se adaptar. Existem benefícios sociais que não podem ser descurados. Um indivíduo com maior formação tem menos propensão a tornar-se um delinquente, tende a ser mais tolerante, a compreender melhor o mundo em sua volta, a defender com mais ênfase os seus direitos, etc. São benefícios difíceis de quantificar mas não deixam de ser extremamente importantes. Determinadas profissões e ofícios estão subaproveitados e subsistem à conta da experiência profissional sem formação de base. Isto leva a situações de precariedade, fuga de impostos, desonestidade laboral, entre outros problemas. No futuro vejo profissões como canalizadores, electricistas, serralheiros e muitas mais com uma força de trabalho que conte com uma formação técnico-profissional, algo melhor para o trabalhador mas também para o cliente. Por fim, e não menos importante, estes cursos dotam as pessoas de uma formação capaz de lhes proporcionar uma vida digna. São empregos com uma remuneração "boa" e que dada a oferta de cursos, permitem que as pessoas façam aquilo que gostam, algo extremamente importante para a felicidade individual e para o sucesso no trabalho.
Por todas estas vantagens considero a aposta no ensino técnico e profissional como uma excelente aposta na Educação e onde os "laços" estabelecidos com outros sectores (económico e social) são ainda mais vincados. Portugal precisa de pessoas com este tipo de formação e essas pessoas têm um papel fundamental no desenvolvimento do país. São o "motor" do trabalho, são o "combustível" que faz avançar o país. O ensino técnico-profissional é um "talento" que vale a pena explorar.
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segunda-feira, 13 de julho de 2009
Nobel da Paz para o Twitter
Mark Pfeifle (conselheiro de topo para a segurança nacional da antiga administração Bush) sugeriu num artigo de opinião que a rede social Twitter fosse nomeada para a atribuição do prémio Nobel da Paz. Pfeifle defende que o Twitter desempenha um papel com crescente importância na divulgação de crimes internacionais, conseguindo "romper" com a censura e criando ondas de solidariedade a nível mundial, ondas essas que se poderão reflectir numa defesa mais activa dos direitos humanos e numa promoção constante da paz mundial.
Um dos exemplos mencionados é a actual situação vivida no Irão. O Twitter permitiu aos jornalistas comunicarem as suas experiências e permitiu aos activistas denunciar todos os crimes cometidos pelo regime de Ahmadinejad, expondo a forte repressão de que estavam a ser alvo. O Twitter tornou-se num "megafone" para a causa iraniana e uniu o mundo em torno de um só objectivo. Esta divulgação e respectiva união mundial levou a que os líderes internacionais reagissem de uma forma mais vincada e se mostrassem eles próprios solidários com o povo iraniano, pondo em causa a legitimidade das eleições presidenciais disputadas em Junho deste ano.
A minha primeira reacção ao ler esta notícia foi de pensar que era absurdo atribuir o prémio Nobel da Paz a uma rede social. Mas de seguida tentei analisar a totalidade da situação e a minha opinião mudou. Conceder ao Twitter este prestigiado prémio não é premiar o Twitter em si. É premiar a tecnologia ao serviço da solidariedade. É premiar a Era da Informação. É premiar cada um de nós que faz parte desta grande "família" da internet e das redes sociais. É premiar a inovação ao serviço da paz. Através dos blogs podemos divulgar causas e apelar ao envolvimento directo ou indirecto (via web) na busca de soluções. Através do Twitter podemos acompanhar e "espalhar" informação relacionada com causas sociais. O Facebook tem até uma aplicação própria (Causes) para auxiliar organizações e associações que lutam por um mundo melhor, qualquer que seja a sua "vertente". E muitos mais exemplos. Porque não premiar toda esta comunidade, todo este esforço e todas estas ideias ao serviço do mundo como um todo? Quantos tweets foram produzidos acerca da causa iraniana? Quantos milhões de dólares já foram doados através da aplicação Causes do Facebook? Quantos eventos/acções de ONGs já foram divulgados através de blogs? Estas redes sociais contam com milhões de utilizadores, muitos deles preocupados com vários problemas globais e dispostos a encontrar uma solução, auxiliando a sua construção. Premiar o Twitter seria comprovar que efectivamente a ajuda pode estar à distância de um clique. E que qualquer pessoa com um computador e uma ligação à internet pode ajudar a mudar o mundo. Muitas vezes ouvimos falar do ciber-crime. A ciber-solidariedade existe e tem de ser promovida. A internet promove na maioria das vezes acções de ajuda indirecta no combate aos problemas. Mas pelo facto da ajuda ser indirecta não significa que não atinja resultados reais. A tecnologia mudou a forma do mundo e a solidariedade não "escapou" a esta mudança. Premiar o Twitter seria premiar a solidariedade do século XXI.
Um dos exemplos mencionados é a actual situação vivida no Irão. O Twitter permitiu aos jornalistas comunicarem as suas experiências e permitiu aos activistas denunciar todos os crimes cometidos pelo regime de Ahmadinejad, expondo a forte repressão de que estavam a ser alvo. O Twitter tornou-se num "megafone" para a causa iraniana e uniu o mundo em torno de um só objectivo. Esta divulgação e respectiva união mundial levou a que os líderes internacionais reagissem de uma forma mais vincada e se mostrassem eles próprios solidários com o povo iraniano, pondo em causa a legitimidade das eleições presidenciais disputadas em Junho deste ano.
A minha primeira reacção ao ler esta notícia foi de pensar que era absurdo atribuir o prémio Nobel da Paz a uma rede social. Mas de seguida tentei analisar a totalidade da situação e a minha opinião mudou. Conceder ao Twitter este prestigiado prémio não é premiar o Twitter em si. É premiar a tecnologia ao serviço da solidariedade. É premiar a Era da Informação. É premiar cada um de nós que faz parte desta grande "família" da internet e das redes sociais. É premiar a inovação ao serviço da paz. Através dos blogs podemos divulgar causas e apelar ao envolvimento directo ou indirecto (via web) na busca de soluções. Através do Twitter podemos acompanhar e "espalhar" informação relacionada com causas sociais. O Facebook tem até uma aplicação própria (Causes) para auxiliar organizações e associações que lutam por um mundo melhor, qualquer que seja a sua "vertente". E muitos mais exemplos. Porque não premiar toda esta comunidade, todo este esforço e todas estas ideias ao serviço do mundo como um todo? Quantos tweets foram produzidos acerca da causa iraniana? Quantos milhões de dólares já foram doados através da aplicação Causes do Facebook? Quantos eventos/acções de ONGs já foram divulgados através de blogs? Estas redes sociais contam com milhões de utilizadores, muitos deles preocupados com vários problemas globais e dispostos a encontrar uma solução, auxiliando a sua construção. Premiar o Twitter seria comprovar que efectivamente a ajuda pode estar à distância de um clique. E que qualquer pessoa com um computador e uma ligação à internet pode ajudar a mudar o mundo. Muitas vezes ouvimos falar do ciber-crime. A ciber-solidariedade existe e tem de ser promovida. A internet promove na maioria das vezes acções de ajuda indirecta no combate aos problemas. Mas pelo facto da ajuda ser indirecta não significa que não atinja resultados reais. A tecnologia mudou a forma do mundo e a solidariedade não "escapou" a esta mudança. Premiar o Twitter seria premiar a solidariedade do século XXI.
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domingo, 12 de julho de 2009
Educação - Investimentos
No seguimento da análise do tema "Educação" onde abordava a temática do ensino público, o próximo post irá reflectir sobre as áreas que deveriam ser alvo de investimento no sector da Educação.
Visto considerar a Educação um sector fundamental para o desenvolvimento de um país, estando interligado com todos os outros sectores (por exemplo o bem-estar social e o crescimento económico deriva em parte da qualidade da Educação, aplicando-se também o inverso) é natural que defenda que uma considerável parte do investimento total produzido pelo Estado seja aplicado ao ensino e à formação académica e profissional.
As "propostas" que vou apresentar não estão baseadas em nenhum estudo e representam aquilo que considero ser prioritário. Numa crise como a actual, defendo que o Estado tem de investir ainda mais para contrariar a contracção dos privados, anulando assim o ciclo de depressão económica e tentando iniciar um novo ciclo de prosperidade económica. Os investimentos na Educação, além da componente principal que são os ganhos na qualidade geral do ensino e no bem-estar dos estudantes têm também um papel importante no combate ao desemprego e em gerar receitas para as empresas. A missão "secundária" destes investimentos acaba por ter um papel bem mais importante numa altura de crise. Não dou grande ênfase à divida pública, especialmente neste tipo de investimentos e especialmente numa altura em que considero ser imperativo o Estado investir. Múltiplas obras de qualidade na área da Educação podem ser revitalizadoras para a economia local e beneficiar em vários vectores as populações dessa área. O conjunto de obras em si seria um novo "arranque" para a economia nacional e produziria fortes ganhos sociais e económicos. Quem sabe se um arrojado pacote na Educação não poderia substituir obras como o novo aeroporto ou o TGV (apesar de pessoalmente concordar com estas obras, especialmente com a 2ª sendo isso tópico para outro post). Aquilo que pretendo afirmar é que a Educação é das melhores áreas para se investir e é onde Portugal tem bastantes necessidades. É preciso investir muito e bem! Segue assim a listagem de investimentos que considero serem prioritários para a Educação.
1) Requalificar todas as escolas primárias e básicas num prazo de 10 anos, dividindo-se o investimento em 10 tranches (uma por ano). A calendarização seria feita por prioridades (a requalificação das escolas seria feita pelo estado de degradação, ou seja, as escolas mais degradadas seriam requalificadas no primeiro ano e assim sucessivamente).
2) Requalificar todas as escolas secundárias seguindo o esquema apresentado para as escolas básicas.
3) Ampliar a rede de escolas profissionais e técnicas bem como assegurar a sua elevada qualidade.
4) Dotar todas as escolas (independentemente da faixa etária) de equipamentos informáticos, laboratoriais e de outras actividades práticas consoante as suas necessidades. Estes equipamentos seriam entregues quando a escola fosse requalificada, "completando" assim a renovação da escola, tanto ao nível das infra-estruturas como ao nível dos equipamentos.
5) Após se concluir a requalificação do parque escolar, dividir o mesmo em 5. Anualmente, um quinto das escolas seria alvo de obras ou de aquisição de equipamentos de que necessitasse. Esta medida iria assegurar que a cada 5 anos qualquer escola sofreria pequenas alterações positivas. Assim não seria necessário investir de forma herculea no futuro para remodelar o parque escolar por completo nem para dotar todo o parque escolar de uma nova gama de equipamentos.
6) Dotar todas as escolas de internet wireless para utilização gratuita por parte dos estudantes, professores e outros funcionários.
7) Apoiar as associações de estudantes e outros núcleos que promovessem a ocupação extra-curricular dos estudantes e sua formação extra-curricular. Este apoio seria feito através da criação de um fundo para o qual estas associações e núcleos apresentariam candidaturas, sendo depois escolhidas aquelas que seriam financiadas.
8) Incluir na formação secundária um novo módulo de aprendizagem, comum a todos cursos (incluindo os técnico-profissionais). Este novo módulo teria a duração de uma semana e seria composto por regras de segurança em situações de catástrofe administrada pela Protecção Civil, suporte básico de vida administrado pelo INEM, uso de extintores e extinção de pequenos fogos administrado pelos Bombeiros, segurança, criminalidade e drogas administrada pela GNR ou PSP consoante a zona e preservativos e educação sexual administrada por profissionais competentes sejam eles médicos, enfermeiros, técnicos de saúde ou psicólogos.
PS: Com certeza existem outros investimentos necessários na área da Educação. Eu considero estes 8 prioritários mas não os considero únicos e todas estas "propostas" que referi terão pontos a melhorar. Só através do debate e troca de ideias é que se conseguirá chegar a um verdadeiro plano capaz de corresponder às reais e totais necessidades da Educação portuguesa. Estão todos convidados a participar.
PSS: Não abordei o ensino superior por não conhecer suficientemente essa realidade. Aquilo que poderia dizer sobre o ensino superior eram somente intenções daquilo que penso como deveria ser esse tipo de ensino e isso irei fazer no subtema "Ensino Superior". Propostas de medidas/investimentos não consigo por enquanto fazer, ou pelo menos, não com o rigor necessário.
Visto considerar a Educação um sector fundamental para o desenvolvimento de um país, estando interligado com todos os outros sectores (por exemplo o bem-estar social e o crescimento económico deriva em parte da qualidade da Educação, aplicando-se também o inverso) é natural que defenda que uma considerável parte do investimento total produzido pelo Estado seja aplicado ao ensino e à formação académica e profissional.
As "propostas" que vou apresentar não estão baseadas em nenhum estudo e representam aquilo que considero ser prioritário. Numa crise como a actual, defendo que o Estado tem de investir ainda mais para contrariar a contracção dos privados, anulando assim o ciclo de depressão económica e tentando iniciar um novo ciclo de prosperidade económica. Os investimentos na Educação, além da componente principal que são os ganhos na qualidade geral do ensino e no bem-estar dos estudantes têm também um papel importante no combate ao desemprego e em gerar receitas para as empresas. A missão "secundária" destes investimentos acaba por ter um papel bem mais importante numa altura de crise. Não dou grande ênfase à divida pública, especialmente neste tipo de investimentos e especialmente numa altura em que considero ser imperativo o Estado investir. Múltiplas obras de qualidade na área da Educação podem ser revitalizadoras para a economia local e beneficiar em vários vectores as populações dessa área. O conjunto de obras em si seria um novo "arranque" para a economia nacional e produziria fortes ganhos sociais e económicos. Quem sabe se um arrojado pacote na Educação não poderia substituir obras como o novo aeroporto ou o TGV (apesar de pessoalmente concordar com estas obras, especialmente com a 2ª sendo isso tópico para outro post). Aquilo que pretendo afirmar é que a Educação é das melhores áreas para se investir e é onde Portugal tem bastantes necessidades. É preciso investir muito e bem! Segue assim a listagem de investimentos que considero serem prioritários para a Educação.
1) Requalificar todas as escolas primárias e básicas num prazo de 10 anos, dividindo-se o investimento em 10 tranches (uma por ano). A calendarização seria feita por prioridades (a requalificação das escolas seria feita pelo estado de degradação, ou seja, as escolas mais degradadas seriam requalificadas no primeiro ano e assim sucessivamente).
2) Requalificar todas as escolas secundárias seguindo o esquema apresentado para as escolas básicas.
3) Ampliar a rede de escolas profissionais e técnicas bem como assegurar a sua elevada qualidade.
4) Dotar todas as escolas (independentemente da faixa etária) de equipamentos informáticos, laboratoriais e de outras actividades práticas consoante as suas necessidades. Estes equipamentos seriam entregues quando a escola fosse requalificada, "completando" assim a renovação da escola, tanto ao nível das infra-estruturas como ao nível dos equipamentos.
5) Após se concluir a requalificação do parque escolar, dividir o mesmo em 5. Anualmente, um quinto das escolas seria alvo de obras ou de aquisição de equipamentos de que necessitasse. Esta medida iria assegurar que a cada 5 anos qualquer escola sofreria pequenas alterações positivas. Assim não seria necessário investir de forma herculea no futuro para remodelar o parque escolar por completo nem para dotar todo o parque escolar de uma nova gama de equipamentos.
6) Dotar todas as escolas de internet wireless para utilização gratuita por parte dos estudantes, professores e outros funcionários.
7) Apoiar as associações de estudantes e outros núcleos que promovessem a ocupação extra-curricular dos estudantes e sua formação extra-curricular. Este apoio seria feito através da criação de um fundo para o qual estas associações e núcleos apresentariam candidaturas, sendo depois escolhidas aquelas que seriam financiadas.
8) Incluir na formação secundária um novo módulo de aprendizagem, comum a todos cursos (incluindo os técnico-profissionais). Este novo módulo teria a duração de uma semana e seria composto por regras de segurança em situações de catástrofe administrada pela Protecção Civil, suporte básico de vida administrado pelo INEM, uso de extintores e extinção de pequenos fogos administrado pelos Bombeiros, segurança, criminalidade e drogas administrada pela GNR ou PSP consoante a zona e preservativos e educação sexual administrada por profissionais competentes sejam eles médicos, enfermeiros, técnicos de saúde ou psicólogos.
PS: Com certeza existem outros investimentos necessários na área da Educação. Eu considero estes 8 prioritários mas não os considero únicos e todas estas "propostas" que referi terão pontos a melhorar. Só através do debate e troca de ideias é que se conseguirá chegar a um verdadeiro plano capaz de corresponder às reais e totais necessidades da Educação portuguesa. Estão todos convidados a participar.
PSS: Não abordei o ensino superior por não conhecer suficientemente essa realidade. Aquilo que poderia dizer sobre o ensino superior eram somente intenções daquilo que penso como deveria ser esse tipo de ensino e isso irei fazer no subtema "Ensino Superior". Propostas de medidas/investimentos não consigo por enquanto fazer, ou pelo menos, não com o rigor necessário.
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quinta-feira, 9 de julho de 2009
Protecção dos Ecossistemas
A Greenpeace Portugal já existe numa forma online há algum tempo. Contudo, não existiam acções directas em Portugal por não haver um escritório físico da Greenpeace no nosso país. Já existe um em quase todos os países da Europa e actualmente, esta organização não-governamental está a concentrar os seus recursos em países em vias de desenvolvimento por serem aqueles cuja população está menos sensibilizada para as alterações climáticas, por serem aqueles que irão sofrer as consequências mais graves do problemas resultantes das alterações climáticas (como aumento de secas e cheias) e pelo papel importante que esses países têm, alertando para a necessidade de se desenvolverem de uma forma sustentável.
No Verão passado, Portugal recebeu a visita de um navio da Greenpeace. Este evento marcou uma reviravolta na presença da Greenpeace no nosso país. Apesar de ainda não existir um escritório físico, existem grupos de voluntários que realizam acções directas e contactam com a população. A participação e informação online aumentou bastante e já possível qualquer português ajudar a Greenpeace através do computador ou através de acções directas. A última acção desta organização desenrolou-se no início deste mês, incidindo sobre o tema-chave da Greenpeace Portugal, a protecção dos ecossistemas marinhos.
Dez activistas da Greenpeace (4 deles portugueses) realizaram uma campanha de sensibilização junto da sede do grupo Jerónimo Martins (detentor do Feira Nova e Pingo Doce), tentando contactar com a administração do grupo. O objectivo desta acção é sensibilizar os hiper e supermercados do grupo para adoptarem uma política sustentável na compra de peixe, evitando assim a destruição da vida nos oceanos. Pingo Doce e Feira Nova são os "alvos" da Greenpeace pois estão cotados em último lugar no 2º ranking de compra de peixe realizado pela mesma organização. Em resposta a não serem recebidos pela administração do grupo, decidiram colocar um banner gigante na fachada do edifício onde se pode ler "Jerónimo Martins destrói os oceanos". Todos os activistas acabaram detidos pela polícia.
Esta acção, como tantas outras levadas a cabo pela Greenpeace e outras ONG um pouco por todo o mundo recordam-nos da urgência de proteger os ecossistemas mundiais e do nosso papel na sua protecção. Em primeiro lugar temos que perceber a importância dos ecossistemas, pois só assim chegamos à conclusão de que é efectivamente necessário protegê-los. De uma forma simples podemos afirmar que sem equilíbrio nos ecossistemas mundiais a espécie humana extingue-se. O planeta, tal como a nossa sociedade, resulta de um conjunto de interacções e relações entre os vários elementos que compõem esse sistema. No caso do planeta, os elementos são muito variados e entre eles podemos encontrar todos os animais, plantas, etc. da Terra. Como nas relações em sociedade, aquilo que eu fizer vai afectar todo o sistema e aquilo que os outros elementos do sistema fizerem vai afectar-me a mim. O equilíbrio que a Natureza criou é um conjunto de consequências das relações e interacções dos elementos do sistema. Relações essas que podem ser classificadas de saudáveis já que contribuem para a manutenção do equilíbrio que é necessário. O problema é que estamos a alterar essas relações tão profundamente que estamos a alterar as consequências finais e essas novas consequências que produzimos não contribuem para a manutenção do equilíbrio do sistema, antes pelo contrário contribuem para a sua degradação. É urgente inverter esta tendência e para tal acontecer, todos nós temos de tomar medidas. Na nossa sociedade existem regras. Regras essas que tentam assegurar que todas as relações processadas pelos elementos são saudáveis e portanto, não vão pôr em causa o equilíbrio do sistema. Quando alguém quebra uma dessas regras, efectuando uma acção que degrada o equilíbrio, existem punições que têm como objectivo parar de imediato essa acção e anular a sua existência no futuro. A chave para a defesa e protecção dos ecossistemas reside em adoptar o mesmo sistema. Nós estamos interessados numa sociedade saudável (por exemplo acho que é consensual que é bom podermos sair à rua sem termos medo de ser assaltados) da mesma forma que estamos interessados em ecossistemas saudáveis. O interesse é o de sobreviver e o de viver com qualidade. Temos que impor regras que limitem as relações e interacções com os ecossistemas mundiais por forma a que produzam consequências saudáveis e geradoras de equilíbrio. Temos que garantir o cumprimento dessas regras e punir quem não as cumpre. Já temos a "receita" mas falta aplicá-la e é aí que todos nós jogamos um papel fundamental. Uma vez mais, o processo é simples. O sistema circulatório da sociedade global é o dinheiro. E é ele que influencia tudo, incluindo as relações que mantemos com os ecossistemas. Cada um de nós é detentor de um pouco do "sangue" que circula nesta sistema. Se não financiarmos o actual sistema circulatório e colocarmos o nosso sangue num sistema diferente, vão-se produzir alterações significativas. Obviamente que sozinhos não iremos conseguir, daí muitas ONG não se limitarem a agir individualmente mas tentarem convencer cada vez mais pessoas a adoptar os mesmos comportamentos. Mas é esta a receita e é este o processo a ser seguido. É por isto que devemos lutar, até porque o resultado desta "guerra" irá determinar o nosso futuro.
No Verão passado, Portugal recebeu a visita de um navio da Greenpeace. Este evento marcou uma reviravolta na presença da Greenpeace no nosso país. Apesar de ainda não existir um escritório físico, existem grupos de voluntários que realizam acções directas e contactam com a população. A participação e informação online aumentou bastante e já possível qualquer português ajudar a Greenpeace através do computador ou através de acções directas. A última acção desta organização desenrolou-se no início deste mês, incidindo sobre o tema-chave da Greenpeace Portugal, a protecção dos ecossistemas marinhos.
Dez activistas da Greenpeace (4 deles portugueses) realizaram uma campanha de sensibilização junto da sede do grupo Jerónimo Martins (detentor do Feira Nova e Pingo Doce), tentando contactar com a administração do grupo. O objectivo desta acção é sensibilizar os hiper e supermercados do grupo para adoptarem uma política sustentável na compra de peixe, evitando assim a destruição da vida nos oceanos. Pingo Doce e Feira Nova são os "alvos" da Greenpeace pois estão cotados em último lugar no 2º ranking de compra de peixe realizado pela mesma organização. Em resposta a não serem recebidos pela administração do grupo, decidiram colocar um banner gigante na fachada do edifício onde se pode ler "Jerónimo Martins destrói os oceanos". Todos os activistas acabaram detidos pela polícia.
Esta acção, como tantas outras levadas a cabo pela Greenpeace e outras ONG um pouco por todo o mundo recordam-nos da urgência de proteger os ecossistemas mundiais e do nosso papel na sua protecção. Em primeiro lugar temos que perceber a importância dos ecossistemas, pois só assim chegamos à conclusão de que é efectivamente necessário protegê-los. De uma forma simples podemos afirmar que sem equilíbrio nos ecossistemas mundiais a espécie humana extingue-se. O planeta, tal como a nossa sociedade, resulta de um conjunto de interacções e relações entre os vários elementos que compõem esse sistema. No caso do planeta, os elementos são muito variados e entre eles podemos encontrar todos os animais, plantas, etc. da Terra. Como nas relações em sociedade, aquilo que eu fizer vai afectar todo o sistema e aquilo que os outros elementos do sistema fizerem vai afectar-me a mim. O equilíbrio que a Natureza criou é um conjunto de consequências das relações e interacções dos elementos do sistema. Relações essas que podem ser classificadas de saudáveis já que contribuem para a manutenção do equilíbrio que é necessário. O problema é que estamos a alterar essas relações tão profundamente que estamos a alterar as consequências finais e essas novas consequências que produzimos não contribuem para a manutenção do equilíbrio do sistema, antes pelo contrário contribuem para a sua degradação. É urgente inverter esta tendência e para tal acontecer, todos nós temos de tomar medidas. Na nossa sociedade existem regras. Regras essas que tentam assegurar que todas as relações processadas pelos elementos são saudáveis e portanto, não vão pôr em causa o equilíbrio do sistema. Quando alguém quebra uma dessas regras, efectuando uma acção que degrada o equilíbrio, existem punições que têm como objectivo parar de imediato essa acção e anular a sua existência no futuro. A chave para a defesa e protecção dos ecossistemas reside em adoptar o mesmo sistema. Nós estamos interessados numa sociedade saudável (por exemplo acho que é consensual que é bom podermos sair à rua sem termos medo de ser assaltados) da mesma forma que estamos interessados em ecossistemas saudáveis. O interesse é o de sobreviver e o de viver com qualidade. Temos que impor regras que limitem as relações e interacções com os ecossistemas mundiais por forma a que produzam consequências saudáveis e geradoras de equilíbrio. Temos que garantir o cumprimento dessas regras e punir quem não as cumpre. Já temos a "receita" mas falta aplicá-la e é aí que todos nós jogamos um papel fundamental. Uma vez mais, o processo é simples. O sistema circulatório da sociedade global é o dinheiro. E é ele que influencia tudo, incluindo as relações que mantemos com os ecossistemas. Cada um de nós é detentor de um pouco do "sangue" que circula nesta sistema. Se não financiarmos o actual sistema circulatório e colocarmos o nosso sangue num sistema diferente, vão-se produzir alterações significativas. Obviamente que sozinhos não iremos conseguir, daí muitas ONG não se limitarem a agir individualmente mas tentarem convencer cada vez mais pessoas a adoptar os mesmos comportamentos. Mas é esta a receita e é este o processo a ser seguido. É por isto que devemos lutar, até porque o resultado desta "guerra" irá determinar o nosso futuro.
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terça-feira, 7 de julho de 2009
Educação - Ensino Público
Neste primeiro tópico sobre Educação vou abordar o ensino público e a sua importância. Em primeiro lugar devo referir que a Educação é um dos sectores que considero mais importantes para o desenvolvimento do país e onde para mim, é extremamente compensatório realizar investimentos avultados. Uma das razões apontadas para o nosso "atraso" em relação à Europa é a falta de formação académica e profissional da maioria da população activa do nosso país, consequência ainda do regime do Estado Novo.
Na minha opinião, um país sem formação e educação é um país enfraquecido. Uma aposta forte, correcta e contínua neste sector traz benefícios sociais e económicos. A quantidade de jovens portugueses que se destacam um pouco por todo o mundo, em todas as áreas, são excelentes exemplos daquilo que é possível "colher" num bom sistema de educação.
A educação é um direito e como tal compete ao Estado garantir esse direito. Surge assim o ensino público. Considero que uma formação de qualidade deve estar acessível a todos, independentemente dos recursos financeiros disponíveis. Ingressar no ensino privado deve ser uma opção e não uma "obrigação" para se conseguir uma formação com qualidade. É imperativo manter o sistema educacional saudável. Sou um defensor do ensino público, e a explicação para tal pode concentrar-se numa palavra: lucro. Para mim, quando uma escola é gerida de forma empresarial o objectivo primário é conseguir lucro e na Educação o objectivo primário deve ser sempre garantir uma formação de qualidade aos estudantes. Eu estudei num colégio privado durante 10 anos e não tenho razão de queixa da formação administrada, antes pelo contrário. Não digo que os estabelecimentos de ensino privado não sejam capazes de garantir uma boa Educação. A razão pela qual defendo o ensino público é por assim dizer, por uma questão de princípios. Por considerar que de uma forma ou de outra, a necessidade de obter lucro pode interferir na qualidade da formação, já que não é dada a devida primazia à qualidade do ensino e ao consequente aproveitamento e bem-estar dos estudantes visados.
Na Educação não interessa o dinheiro. Obviamente que deve existir uma gestão correcta e sou totalmente contra desperdícios mas quando se pensa em Educação aquilo que nos lembramos primeiro não pode ser dos cifrões. Imagine-se que o sistema de ensino público regista um prejuízo de 100 milhões de euros por ano. Não existem desperdícios? Não. A qualidade de ensino está assegurada? Sim. Então esses 100 milhões "negativos" valem a pena. É preciso gastar mais 50 milhões anuais para assegurar um sistema saudável? Se efectivamente esses 50 milhões a mais proporcionarem melhorias que o sistema necessita então devemos gastá-los. Pagamos impostos e gastar dinheiro no sector da Educação é das melhores formas que encontro para fazer com que os impostos pagos sirvam a população que os pagou.
Em suma defendo um sistema de ensino público forte, gratuito, inovador, com melhorias ano após ano, acessível para todos e cujas únicas preocupações sejam a qualidade da formação administrada e o bem-estar dos estudantes. O Estado não deve filtrar nem instrumentalizar os conteúdos programáticos. Deve antes incentivar o pensamento, a reflexão, a análise, o debate, etc. O Estado não deve "manipular" o sistema mas deve controlá-lo na medida em que é algo demasiado importante. É um pilar essencial ao funcionamento e desenvolvimento do país e como tal não deve estar monopolizado por interesses cujo objectivo se desvie daquele enunciado, o da qualidade do ensino. Os investimentos na Educação serão provavelmente dos mais lucrativos se ponderarmos todos os factores, mas os ganhos desse investimento não são visíveis no curto prazo nem nas contas do sistema de ensino.
Adenda: Foi-me pedido para realizar uma breve análise sobre o nível de exigência do ensino e dos exames nacionais. É com muito prazer que aceito a sugestão. Conclui este ano o ensino secundário e nesta "aventura" de 3 anos realizei os 4 exames nacionais obrigatórios da minha área (MACS, Geografia, História e Português). Pessoalmente não achei difícil o ensino secundário. Para quem se interessa pelas disciplinas e está disposto a estudar consoante as suas dificuldades, provavelmente não irá reprovar. Todos nós temos disciplinas preferidas e professores preferidos. Juntando esses factores a outros como a nossa turma (e a relação com os colegas), a nossa escola em si, o apoio prestado por familiares e amigos, etc. vão influenciar seguramente os nossos resultados. No geral, considero o nível de exigência do ensino secundário adequado à faixa etária a que se destina. A carga horária parece-me adequada (talvez um pouco extensa no 10º ano mas é algo compensado com a forte diminuição no 12º) e alegra-me ver que existe uma preocupação em garantir disciplinas que fomentem diversos tipos de aprendizagem. A oferta de disciplinas existentes é também positiva já que temos um leque alargado de escolhas que podemos fazer consoante os nossos gostos e aptidões. Em relação aos exames nacionais, a minha opinião muda bastante. Dos 4 exames que fiz senti que praticamente todos os minutos de estudo (sejam eles poucos ou muitos) foram um desperdício. Não sou contra a realização de exames nacionais, antes pelo contrário. Sou a favor de exames no final do secundário ou de exames para acesso ao ensino superior realizados na própria faculdade a que nos candidatamos. Simplesmente discordo deste género de exames porque não creio que avaliem verdadeiramente os conhecimentos dos alunos. Não é uma questão de serem fáceis ou difíceis. É fácil conseguir uma positiva porque os exames não testam verdadeiramente os conhecimentos mas é algo difícil atingir uma nota elevada (+17) devido aos rigorosos critérios de avaliação. Se pudesse alterar os exames, mais do que alterar o seu grau de dificuldade, alterava a sua estrutura. Exames que exigissem conhecimentos da disciplina, fossem eles decorados ou percebidos. Exames que exigissem análises e reflexões recorrendo à matéria leccionada. Exames que exigissem pensar.
Na minha opinião, um país sem formação e educação é um país enfraquecido. Uma aposta forte, correcta e contínua neste sector traz benefícios sociais e económicos. A quantidade de jovens portugueses que se destacam um pouco por todo o mundo, em todas as áreas, são excelentes exemplos daquilo que é possível "colher" num bom sistema de educação.
A educação é um direito e como tal compete ao Estado garantir esse direito. Surge assim o ensino público. Considero que uma formação de qualidade deve estar acessível a todos, independentemente dos recursos financeiros disponíveis. Ingressar no ensino privado deve ser uma opção e não uma "obrigação" para se conseguir uma formação com qualidade. É imperativo manter o sistema educacional saudável. Sou um defensor do ensino público, e a explicação para tal pode concentrar-se numa palavra: lucro. Para mim, quando uma escola é gerida de forma empresarial o objectivo primário é conseguir lucro e na Educação o objectivo primário deve ser sempre garantir uma formação de qualidade aos estudantes. Eu estudei num colégio privado durante 10 anos e não tenho razão de queixa da formação administrada, antes pelo contrário. Não digo que os estabelecimentos de ensino privado não sejam capazes de garantir uma boa Educação. A razão pela qual defendo o ensino público é por assim dizer, por uma questão de princípios. Por considerar que de uma forma ou de outra, a necessidade de obter lucro pode interferir na qualidade da formação, já que não é dada a devida primazia à qualidade do ensino e ao consequente aproveitamento e bem-estar dos estudantes visados.
Na Educação não interessa o dinheiro. Obviamente que deve existir uma gestão correcta e sou totalmente contra desperdícios mas quando se pensa em Educação aquilo que nos lembramos primeiro não pode ser dos cifrões. Imagine-se que o sistema de ensino público regista um prejuízo de 100 milhões de euros por ano. Não existem desperdícios? Não. A qualidade de ensino está assegurada? Sim. Então esses 100 milhões "negativos" valem a pena. É preciso gastar mais 50 milhões anuais para assegurar um sistema saudável? Se efectivamente esses 50 milhões a mais proporcionarem melhorias que o sistema necessita então devemos gastá-los. Pagamos impostos e gastar dinheiro no sector da Educação é das melhores formas que encontro para fazer com que os impostos pagos sirvam a população que os pagou.
Em suma defendo um sistema de ensino público forte, gratuito, inovador, com melhorias ano após ano, acessível para todos e cujas únicas preocupações sejam a qualidade da formação administrada e o bem-estar dos estudantes. O Estado não deve filtrar nem instrumentalizar os conteúdos programáticos. Deve antes incentivar o pensamento, a reflexão, a análise, o debate, etc. O Estado não deve "manipular" o sistema mas deve controlá-lo na medida em que é algo demasiado importante. É um pilar essencial ao funcionamento e desenvolvimento do país e como tal não deve estar monopolizado por interesses cujo objectivo se desvie daquele enunciado, o da qualidade do ensino. Os investimentos na Educação serão provavelmente dos mais lucrativos se ponderarmos todos os factores, mas os ganhos desse investimento não são visíveis no curto prazo nem nas contas do sistema de ensino.
Adenda: Foi-me pedido para realizar uma breve análise sobre o nível de exigência do ensino e dos exames nacionais. É com muito prazer que aceito a sugestão. Conclui este ano o ensino secundário e nesta "aventura" de 3 anos realizei os 4 exames nacionais obrigatórios da minha área (MACS, Geografia, História e Português). Pessoalmente não achei difícil o ensino secundário. Para quem se interessa pelas disciplinas e está disposto a estudar consoante as suas dificuldades, provavelmente não irá reprovar. Todos nós temos disciplinas preferidas e professores preferidos. Juntando esses factores a outros como a nossa turma (e a relação com os colegas), a nossa escola em si, o apoio prestado por familiares e amigos, etc. vão influenciar seguramente os nossos resultados. No geral, considero o nível de exigência do ensino secundário adequado à faixa etária a que se destina. A carga horária parece-me adequada (talvez um pouco extensa no 10º ano mas é algo compensado com a forte diminuição no 12º) e alegra-me ver que existe uma preocupação em garantir disciplinas que fomentem diversos tipos de aprendizagem. A oferta de disciplinas existentes é também positiva já que temos um leque alargado de escolhas que podemos fazer consoante os nossos gostos e aptidões. Em relação aos exames nacionais, a minha opinião muda bastante. Dos 4 exames que fiz senti que praticamente todos os minutos de estudo (sejam eles poucos ou muitos) foram um desperdício. Não sou contra a realização de exames nacionais, antes pelo contrário. Sou a favor de exames no final do secundário ou de exames para acesso ao ensino superior realizados na própria faculdade a que nos candidatamos. Simplesmente discordo deste género de exames porque não creio que avaliem verdadeiramente os conhecimentos dos alunos. Não é uma questão de serem fáceis ou difíceis. É fácil conseguir uma positiva porque os exames não testam verdadeiramente os conhecimentos mas é algo difícil atingir uma nota elevada (+17) devido aos rigorosos critérios de avaliação. Se pudesse alterar os exames, mais do que alterar o seu grau de dificuldade, alterava a sua estrutura. Exames que exigissem conhecimentos da disciplina, fossem eles decorados ou percebidos. Exames que exigissem análises e reflexões recorrendo à matéria leccionada. Exames que exigissem pensar.
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domingo, 5 de julho de 2009
57º Aniversário da Força Aérea | 100 Anos de Aviação em Portugal
Hoje passei o dia inteiro na Base Aérea Nº1 em Sintra. O motivo foram as celebrações do 57º Aniversário da Força Aérea Portuguesa em conjunto com as festividades associadas aos 100 Anos de Aviação em Portugal.
A organização esperava receber cerca de 100.000 pessoas e a julgar pela confusão o número real não deve andar longe. Infelizmente o tempo não ajudou, chegando mesmo a chover ao início da tarde. O evento era de entrada gratuita e contava com várias atracções.
Inicialmente visitei uma exposição fixa cuja organização era semelhante às das feiras e outros eventos (divisão por stands). Existiam stands de todas as esquadras da Força Aérea onde podíamos aprender um pouco sobre a sua missão e os meios de que dispunham para realizar as suas funções. Podíamos experimentar um simulador de voo e visitar várias aeronaves como o caça F-16, o Asas de Portugal (Alpha Jet) e o Rotores de Portugal (Alouette III). Os stands institucionais (Câmara de Sintra, etc.) marcavam também presença. Dentro desta exposição, aquilo que me marcou mais foi a esquadra responsável pela manutenção de infra-estruturas e a esquadra responsavél pela busca e salvamento. O lema da Academia da Força Aérea é "E não menos pelas armas que pelas letras".
Após terminar a exposição fixa, dirigi-me ao espaço envolvente aos hangares para ver a exposição ao ar livre e de onde podia observar as demonstrações de voo. Existiam actividades paralelas como slide, apresentação do núcleo cinotécnico (demonstrações com cães), visitas às tendas com armamento, insufláveis para crianças, visitas a carros de combate a incêndios em aeronaves, etc. Assisti à quase totalidade de demonstrações de voo e cada uma à sua maneira, todas foram impressionantes e revelaram a perícia necessária para se manobrar com tanta habilidade aquele tipo de aparelhos.
O veterano C-130 (Hércules) realizou os baptismos de voo, o C-295M (ao serviço desde Fevereiro deste ano) apresentou-se ao público como o substituto do já conhecido C-120 (Aviocar) e o helicóptero Merlin (substituto dos Puma) simulou uma situação de busca e salvamento. O P-3 Orion demonstrou que apesar de possuir 4 motores, consegue trabalhar apenas com 2 e a Marinha Portuguesa lançou um grupo de fuzileiros do seu Lynx (helicóptero) através de uma corda. Apesar de todas estas aeronaves militares possuirem características fantásticas, o ponto alto das demonstrações foram os caças. Duas esquadrilhas de F-16 da Força Aérea Portuguesa simularam o lançamento de bombas de precisão e fizeram voos espectaculares, onde apenas o som dos motores (que levavam mais de metade do público a colocar as mãos nos ouvidos) intimida qualquer um. A Força Aérea Espanhola aliou-se às celebrações enviando um caça Eurofighter que fazia voos razantes de "cabeça para baixo".
Terminando a parte militar, seguiram-se as manobras espectaculares de um avião da Red Bull Air Race em que o looping era a manobra mais "fácil". Os Rotores de Portugal fizeram uma excelente actuação, sendo de salientar que quase faziam loopings com os seus helicopteros Alouette III. Para finalizar o festival, os mundialmente famosos Asas de Portugal. Dois avisões Alpha Jet a voarem a cerca de 600 km/h a menos de 2m de distância. É preciso dizer mais alguma coisa?
Foi um dia agradável onde aprendi bastante sobre a missão global da Força Aérea bem como dos seus meios e equipamentos. Faz-nos ver que as Forças Armadas servem para bem mais que apenas entrar em cenários de guerra e que é necessário investir no ramo da Defesa para termos uma aviação ao dispor da população e que responda às necessidades do país.
A organização esperava receber cerca de 100.000 pessoas e a julgar pela confusão o número real não deve andar longe. Infelizmente o tempo não ajudou, chegando mesmo a chover ao início da tarde. O evento era de entrada gratuita e contava com várias atracções.
Inicialmente visitei uma exposição fixa cuja organização era semelhante às das feiras e outros eventos (divisão por stands). Existiam stands de todas as esquadras da Força Aérea onde podíamos aprender um pouco sobre a sua missão e os meios de que dispunham para realizar as suas funções. Podíamos experimentar um simulador de voo e visitar várias aeronaves como o caça F-16, o Asas de Portugal (Alpha Jet) e o Rotores de Portugal (Alouette III). Os stands institucionais (Câmara de Sintra, etc.) marcavam também presença. Dentro desta exposição, aquilo que me marcou mais foi a esquadra responsável pela manutenção de infra-estruturas e a esquadra responsavél pela busca e salvamento. O lema da Academia da Força Aérea é "E não menos pelas armas que pelas letras".
Após terminar a exposição fixa, dirigi-me ao espaço envolvente aos hangares para ver a exposição ao ar livre e de onde podia observar as demonstrações de voo. Existiam actividades paralelas como slide, apresentação do núcleo cinotécnico (demonstrações com cães), visitas às tendas com armamento, insufláveis para crianças, visitas a carros de combate a incêndios em aeronaves, etc. Assisti à quase totalidade de demonstrações de voo e cada uma à sua maneira, todas foram impressionantes e revelaram a perícia necessária para se manobrar com tanta habilidade aquele tipo de aparelhos.
O veterano C-130 (Hércules) realizou os baptismos de voo, o C-295M (ao serviço desde Fevereiro deste ano) apresentou-se ao público como o substituto do já conhecido C-120 (Aviocar) e o helicóptero Merlin (substituto dos Puma) simulou uma situação de busca e salvamento. O P-3 Orion demonstrou que apesar de possuir 4 motores, consegue trabalhar apenas com 2 e a Marinha Portuguesa lançou um grupo de fuzileiros do seu Lynx (helicóptero) através de uma corda. Apesar de todas estas aeronaves militares possuirem características fantásticas, o ponto alto das demonstrações foram os caças. Duas esquadrilhas de F-16 da Força Aérea Portuguesa simularam o lançamento de bombas de precisão e fizeram voos espectaculares, onde apenas o som dos motores (que levavam mais de metade do público a colocar as mãos nos ouvidos) intimida qualquer um. A Força Aérea Espanhola aliou-se às celebrações enviando um caça Eurofighter que fazia voos razantes de "cabeça para baixo".
Terminando a parte militar, seguiram-se as manobras espectaculares de um avião da Red Bull Air Race em que o looping era a manobra mais "fácil". Os Rotores de Portugal fizeram uma excelente actuação, sendo de salientar que quase faziam loopings com os seus helicopteros Alouette III. Para finalizar o festival, os mundialmente famosos Asas de Portugal. Dois avisões Alpha Jet a voarem a cerca de 600 km/h a menos de 2m de distância. É preciso dizer mais alguma coisa?
Foi um dia agradável onde aprendi bastante sobre a missão global da Força Aérea bem como dos seus meios e equipamentos. Faz-nos ver que as Forças Armadas servem para bem mais que apenas entrar em cenários de guerra e que é necessário investir no ramo da Defesa para termos uma aviação ao dispor da população e que responda às necessidades do país.
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Futuro | Análises
Nos próximos dias vou experimentar um formato novo aqui no Pensamento Alinhado. O objectivo é responder de uma forma directa e explícita a várias questões e analisar temas centrais através de pequenas análises de subtemas enquadrados. Segue o esquema com os tópicos a serem analisados a partir de amanhã.
Educação
1) ensino público
2) plano de investimentos
3) ensino profissional/técnico
4) ensino superior
5) formação constante
Saúde
1) saúde pública
2) plano de investimentos
3) pessoas portadoras de deficiências motoras/físicas
4) cuidados pré-hospitalares
5) catástrofes
Defesa e Segurança
1) forças armadas (Exército, Marinha e Força Aérea)
2) plano de investimentos
3) PSP/GNR
4) plano de investimentos (específico para as forças policiais)
5) bombeiros
Ambiente
1) energias alternativas
2) água
3) mobilidade sustentável
4) desflorestação
5) mega-projectos
Economia e Sociedade
1) investimento público
2) desemprego
3) TGV e aeroporto
4) sectores prioritários
5) rendimentos, reinserção social e apoios do estado
Relações Internacionais
1) palestina
2) guantánamo
3) CPLP
4) UE
5) ONU
Educação
1) ensino público
2) plano de investimentos
3) ensino profissional/técnico
4) ensino superior
5) formação constante
Saúde
1) saúde pública
2) plano de investimentos
3) pessoas portadoras de deficiências motoras/físicas
4) cuidados pré-hospitalares
5) catástrofes
Defesa e Segurança
1) forças armadas (Exército, Marinha e Força Aérea)
2) plano de investimentos
3) PSP/GNR
4) plano de investimentos (específico para as forças policiais)
5) bombeiros
Ambiente
1) energias alternativas
2) água
3) mobilidade sustentável
4) desflorestação
5) mega-projectos
Economia e Sociedade
1) investimento público
2) desemprego
3) TGV e aeroporto
4) sectores prioritários
5) rendimentos, reinserção social e apoios do estado
Relações Internacionais
1) palestina
2) guantánamo
3) CPLP
4) UE
5) ONU
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Green High Tech
Cada vez mais o "verde" é sinónimo de uma multiplicidade maior de coisas. No início "green" era algo que se destacava pelo seu desempenho ambiental (melhor que os produtos concorrentes), pela sua neutralidade carbónica (através da compensação de emissões) ou por ser um produto que nos auxiliava a proteger o ambiente e a natureza (poupança de energia, poupança de água, redução do volume de lixo, etc.). Verde é a cor da Natureza e o "green" lutava pela sua protecção.
Com uma maior sensibilização e mediatização dos problemas associados às alterações climáticas, "green" passou a significar também um estilo de vida. Uma moda. Ser verde é uma opção, a opção "correcta" e "fixe". Simboliza a preocupação com um problema global e a vontade em deixar de ser parte do problema para ser parte da solução. "Green" é um modo de vida associado ao desenvolvimento sustentável e à paz, não só entre os povos, mas entre o ser humano e o planeta. É o modo de vida do futuro.
A procura incessante por produtos amigos da Natureza, verdes, carbono zero, biológicos, ou qualquer outra designação que esteja associada à salvação da Terra levou a que "green" adquirisse um terceiro significado. O do dinheiro. Cada vez mais é importante para uma marca estar associada ao movimento verde para vender e publicitar os seus produtos. A procura por produtos "green" leva as empresas a adaptarem-se a esta nova realidade e a publicidade e marketing levada a cabo pelos grandes grupos leva-nos a querer ainda mais os produtos verdes. "Green" é uma estratégia empresarial com uma componente cada vez mais essencial para alcançar o sucesso.
Se aliarmos estes três diferentes significados para "green" verificamos que existe um elevado leque de pessoas interessadas nesta área. Qualquer que seja o motivo, é difícil encontrar quem não tenha interesse pelo verde. Este interesse leva-nos a querer um verde cada vez maior e melhor. É por isso que cada vez mais marcas/produtos/empresas estão associadas a este mundo (até as petrolíferas). É preciso inovar, criar, inventar, experimentar, estudar, etc. Tudo para completar cada vez mais o "green" e aperfeiçoá-lo. Surge assim o quarto significado. "Green" é sinónimo de inovação tecnológica. Aliada à engenharia/tecnologia ambiental estão invenções de ponta numa indústria virada para o futuro. É o "Green" High Tech e representa a tecnologia que vai moldar o nosso mundo e a nossa sociedade.
Seguem-se dois exemplos da aposta em Green High Tech:
1) As potências asiáticas unem-se em torno da tecnologia verde para desafiar a supremacia americana. Em Agosto os líderes da China, Japão e Coreia estarão presentes numa cimeira cujo objectivo é unir os recursos e competências destes três países para alcançarem uma cooperação na área ambiental que seja capaz de liderar a nível mundial este tipo de tecnologia. O Japão é o líder em automóveis híbridos e eléctricos, a China tem bastante dinheiro para investir e a Coreia é bastante conhecida pela sua robótica de ponta. Se juntarmos estes ingredientes veremos que é expectável a saída de novas e inovadoras tecnologias capazes de revolucionar a área ambiental. Esta invulgar cooperação destina-se principalmente a proteger o sector industrial asiático bem como retirar dividendos económicos e não proteger o planeta em si. Esta cimeira representa a importância que o sector ambiental tem vindo a ganhar. Ao apostar nele, é possível retirar benefícios de diversas frentes. As potências asiáticas querem estar preparadas para o futuro e sabem que o futuro reside no "green".
2) O suíço Bertrand Picard apresentou ao mundo o seu avião solar. O "Solar Impulse" é um avião que funciona a 100% com a energia solar e é capaz de voar durante a noite (visto que acumula energia durante o dia nas suas baterias), atingindo uma velocidade de 70 km/hora. O objectivo é realizar em 2012 uma volta ao mundo naquele avião para demonstrar que existem soluções ambientalmente responsáveis para o sector da aviação. Pessoalmente fiquei bastante agradado com esta notícia. Quando falei sobre o futuro dos transportes, mostrei-me bastante preocupado com o sector da aviação, visto ser bastante difícil conseguir colocar aviões comerciais a voar com energia 100% renovável. Este planador de Picard apesar de ser somente um pequeno avião, demonstra que com esforço, investigação, vontade e investimento é possível ultrapassar os obstáculos e escrever um novo capítulo na história da aviação.
PS: Estive ausente durante uma semana. Quero que todos saibam que escrevo por prazer e só o estive por motivos profissionais e de saúde. Peço desculpa a todos aqueles que gostam de ler/comentar neste espaço. Espero agora voltar ao ritmo normal.
Com uma maior sensibilização e mediatização dos problemas associados às alterações climáticas, "green" passou a significar também um estilo de vida. Uma moda. Ser verde é uma opção, a opção "correcta" e "fixe". Simboliza a preocupação com um problema global e a vontade em deixar de ser parte do problema para ser parte da solução. "Green" é um modo de vida associado ao desenvolvimento sustentável e à paz, não só entre os povos, mas entre o ser humano e o planeta. É o modo de vida do futuro.
A procura incessante por produtos amigos da Natureza, verdes, carbono zero, biológicos, ou qualquer outra designação que esteja associada à salvação da Terra levou a que "green" adquirisse um terceiro significado. O do dinheiro. Cada vez mais é importante para uma marca estar associada ao movimento verde para vender e publicitar os seus produtos. A procura por produtos "green" leva as empresas a adaptarem-se a esta nova realidade e a publicidade e marketing levada a cabo pelos grandes grupos leva-nos a querer ainda mais os produtos verdes. "Green" é uma estratégia empresarial com uma componente cada vez mais essencial para alcançar o sucesso.
Se aliarmos estes três diferentes significados para "green" verificamos que existe um elevado leque de pessoas interessadas nesta área. Qualquer que seja o motivo, é difícil encontrar quem não tenha interesse pelo verde. Este interesse leva-nos a querer um verde cada vez maior e melhor. É por isso que cada vez mais marcas/produtos/empresas estão associadas a este mundo (até as petrolíferas). É preciso inovar, criar, inventar, experimentar, estudar, etc. Tudo para completar cada vez mais o "green" e aperfeiçoá-lo. Surge assim o quarto significado. "Green" é sinónimo de inovação tecnológica. Aliada à engenharia/tecnologia ambiental estão invenções de ponta numa indústria virada para o futuro. É o "Green" High Tech e representa a tecnologia que vai moldar o nosso mundo e a nossa sociedade.
Seguem-se dois exemplos da aposta em Green High Tech:
1) As potências asiáticas unem-se em torno da tecnologia verde para desafiar a supremacia americana. Em Agosto os líderes da China, Japão e Coreia estarão presentes numa cimeira cujo objectivo é unir os recursos e competências destes três países para alcançarem uma cooperação na área ambiental que seja capaz de liderar a nível mundial este tipo de tecnologia. O Japão é o líder em automóveis híbridos e eléctricos, a China tem bastante dinheiro para investir e a Coreia é bastante conhecida pela sua robótica de ponta. Se juntarmos estes ingredientes veremos que é expectável a saída de novas e inovadoras tecnologias capazes de revolucionar a área ambiental. Esta invulgar cooperação destina-se principalmente a proteger o sector industrial asiático bem como retirar dividendos económicos e não proteger o planeta em si. Esta cimeira representa a importância que o sector ambiental tem vindo a ganhar. Ao apostar nele, é possível retirar benefícios de diversas frentes. As potências asiáticas querem estar preparadas para o futuro e sabem que o futuro reside no "green".
2) O suíço Bertrand Picard apresentou ao mundo o seu avião solar. O "Solar Impulse" é um avião que funciona a 100% com a energia solar e é capaz de voar durante a noite (visto que acumula energia durante o dia nas suas baterias), atingindo uma velocidade de 70 km/hora. O objectivo é realizar em 2012 uma volta ao mundo naquele avião para demonstrar que existem soluções ambientalmente responsáveis para o sector da aviação. Pessoalmente fiquei bastante agradado com esta notícia. Quando falei sobre o futuro dos transportes, mostrei-me bastante preocupado com o sector da aviação, visto ser bastante difícil conseguir colocar aviões comerciais a voar com energia 100% renovável. Este planador de Picard apesar de ser somente um pequeno avião, demonstra que com esforço, investigação, vontade e investimento é possível ultrapassar os obstáculos e escrever um novo capítulo na história da aviação.
PS: Estive ausente durante uma semana. Quero que todos saibam que escrevo por prazer e só o estive por motivos profissionais e de saúde. Peço desculpa a todos aqueles que gostam de ler/comentar neste espaço. Espero agora voltar ao ritmo normal.
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