quarta-feira, 22 de julho de 2009

Educação - Análise Completa

Seguem aqui as várias análises feitas sobre o tema Educação.

1) Ensino Público
2) Plano de Investimentos
3) Ensino Profissional/Técnico
4) Ensino Superior
5) Constante formação

2 comentários:

  1. Daniel,
    Como jovem que terminou o secundário o que te parece o conceito das novas oportunidades, que de uma forma um tanto ou quanto discutível, certifica os formandos com o 12º ano?

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  2. Nuno,

    Em primeiro lugar muito obrigado pela questão. Terei todo o gosto em responder.

    A ideia das Novas Oportunidades em si parece-me boa. É necessário estimular a aprendizagem de pessoas que viveram num período onde as oportunidades não são as que existem hoje. "Obrigar" essas pessoas a realizar trabalhos incorporando temáticas novas como as novas tecnologias leva a uma evolução e desenvolvimento dessas pessoas. A experiência profissional e social acumulada ao longo dos anos é a "moeda de troca" face ao plano de estudos não ser tão rigoroso (nem nada que se pareça).

    Apesar de concordar com o programa Novas Oportunidades penso que existem determinadas modificações que deveriam ser feitas. Uma delas é o nível de exigência. Pessoas que não estudam há muitos anos podem não ser sujeitas a um ensino tão rigoroso nem a provas como exames nacionais. Mas se estamos a conferir uma certificação de conclusão do 12º ano temos que tentar "equiparar" os conhecimentos. Por exemplo como se faz no ensino técnico/profissional. Estes cursos não englobam exames nacionais, contudo têm largas horas de formação geral (como Português ou Língua Estrangeira). Em troca de não existirem exames é administrado aos alunos um ensino específico daquele curso, muitos vezes acompanhado de estágios. Parece-me justo equiparar os conhecimentos entre um aluno de um curso geral e um aluno de um curso técnico-profissional. O mesmo se deveria passar com as Novas Oportunidades. Em troca do ensino não ser tão rigoroso existe a experiência das pessoas, algo que conta muito. Contudo não podemos cair na tentação do facilitismo e simplesmente certificar as pessoas com o 12º ano. Penso que uma solução que incluísse algumas horas de formação em horário pós-laboral (por exemplo 20h de Português, 15h de Língua Estrangeira, etc.), trabalhos pequenos mas diversificados (ligados às disciplinas) e a leitura e análise de uma ou duas obras poderia contribuir para colmatar essa lacuna que eu penso existir na formação adquirida pelas pessoas. É necessário "completar" as Novas Oportunidades para que os conhecimentos dessas pessoas possam ser equiparados a pessoas com o 12º ano em regime "normal".

    Outra coisa que penso que deveria ser alterada é o estabelecimento de um limite de idade. Penso que não existe idade mínima. É injusto pessoas com mais ou menos a minha idade possam tirar o 12º ano através das Novas Oportunidades. Infelizmente ainda nem toda a gente tem a oportunidade de obter uma formação secundária com qualidade, contudo a realidade evoluiu bastante de forma positiva. Por exemplo, penso que ninguém com menos de 30 anos se deveria poder candidatar às Novas Oportunidades. O objectivo deste programa deveria ser o de qualificar um "grosso" da população que viveu num período onde a Educação não era uma prioridade e após cumprir essa missão deveria extinguir-se o programa. Para a actualidade penso que programas já existentes como o ensino nocturno, exames de equivalência ou ensino por módulos são suficientes para abranger quem tem dificuldades mas quer aprender.

    Abraço,
    Daniel.

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