Segundo a Organização Internacional do Trabalho, mais de 200 milhões de crianças em todo o mundo são vítimas de exploração laboral. No dia 12 de Junho assinalou-se o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. Este dia trouxe até nós uma recordação verdadeiramente chocante e que nos leva a reflectir sobre a condição humana, independentemente da religião, raça, etc.
Estas crianças são sujeitas a tráfico humano, conflitos armados, exploração sexual, escravatura e trabalhos de risco. Esta exploração leva a que o seu desenvolvimento (físico, psicológico e emocional) fique gravemente afectado para sempre. Um pouco por todo o mundo este flagelo tem vindo a diminuir e Portugal não foge à regra, que até à década de 90 ainda não tinha "despertado" para este problema. Contudo os mais de 200 milhões de crianças que todos os dias vêem os seus direitos fundamentais a serem-lhes negados, recordam-nos da pior maneira que o problema está longe de ser resolvido.
A temática deste ano aborda os efeitos que a crise económica mundial pode ter no aumento do número de crianças em situação de exploração laboral. Uma aposta forte na educação (essencialmente via expansão do ensino primário de forma gratuita) é a "chave" da solução para este problema global.
Não existem pretextos que sirvam para negligenciarmos esta realidade ou para deixarmos de lutar para a alterar. É absolutamente repugnante pensar na exploração laboral de qualquer ser humano mas as crianças são o futuro do planeta e é por elas e para elas que todos nós devemos olhar. O facto do número de crianças exploradas estar a diminuir não é motivo de alegria quando pensamos nos milhões que ainda não estão a salvo. Este problema, como outros, é um problema global. Apesar da maioria das vítimas se encontrar em países pobres, esta chaga social encontra-se em todo o mundo, incluindo no nosso pequeno Portugal. E este problema não afecta só as crianças mas sim toda a sociedade pois ao negarmos direitos às mesmas, estamos a contribuir para uma sociedade menos tolerante, menos próspera, menos desenvolvida e menos cooperante. É na infância que formamos a nossa personalidade e não existe nada no mundo que possa compensar inteiramente uma infância "perdida".
Cabe a todos nós a obrigação de lutarmos pelas nossas crianças para que ano após ano possamos verificar que a Organização Internacional do Trabalho divulga dados cada vez mais animadores, ou neste caso, cada vez menos sufocantes.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário