Este domingo dia 07 de Junho realizam-se as Eleições Europeias iniciando um ciclo de 3 actos eleitorais a realizar este ano. 2009 será provavelmente um dos anos mais importantes para a jovem democracia portuguesa. Apesar de o sufrágio ter como objectivo eleger os 22 representantes de Portugal no Parlamento Europeu (órgão com cada vez mais poderes e numa perspectiva em que cada vez mais decisões se tomam ao nível comunitário e não nacional) perspectiva-se uma elevada abstenção fruto da descredibilização do sistema político e aqueles que se dirigem às urnas, fazem-no na sua maioria para "punir" ou "premiar" o governo vigente.
Pessoalmente estou a achar a campanha um pouco fraca no sentido em que se privilegia pouco as propostas concretas e dá-se mais ênfase a ataques directos entre candidatos. Os cabeça-de-lista estão a reportar as opiniões dos partidos e a atacar/defender o governo em detrimento de informarem os eleitores daquilo que farão caso sejam eleitos no dia 07 de Junho. A comunicação social e a população como um todo também tem a sua quota de "culpa" pela forma como a campanha se está a desenrolar. A comunicação social privilegia nos seus espaços informativos as "picardias" entre candidatos e deixa que as propostas passem despercebidas contribuindo para uma menor qualidade da campanha. A população no geral peca pelo facto de se interessar nessas autênticas novelas entre partidos invés de estudar as propostas e os conteúdos de cada partido, fazendo de seguida o seu juízo e orientando o seu sentido de voto de acordo com o mesmo.
Estas eleições marcam também a estreia de novos partidos que tentam romper com os actuais e tentam aproveitar o actual descontentamento pelos políticos no geral para captar votos. Na minha opinião esta proliferação de novos partidos deve-se também à inflexibilidade dos existentes, ou seja, cada partido tem uma linha fixa de pensamento do qual nenhum militante pode discordar. Esta situação leva a que muitos partidos defendem ideologias muito similares somente com pequenas diferenças. Não sou a favor de que se imponha um limite ao número de partidos que podem existir mas acho que os próprios partidos teriam mais a ganhar se privilegiassem o debate interno invés de fomentarem o sucessivo fraccionamento.
De acordo com as sondagens/análises que consultei e de acordo com a minha opinião pessoal apresento a minha "aposta" para os resultados de domingo:
PS - 8 eurodeputados
PSD - 6/7 eurodeputados
BE - 3 eurodeputados
CDU - 2/3 eurodeputados
CDS/PP - 1/2 eurodeputado(s)
MEP - 0/1 eurodeputado
NOTA: Acredito que se a CDU conseguir um 3º eurodeputado o PSD não elegerá mais de 6 e se o MEP conseguir eleger a Laurinda Alves é porque o CDS não consegue ir além de Nuno Melo.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
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Muito longe dos resultados penso eu...
ResponderEliminarNão acho que esteja assim tão longe. As diferenças em relação à maioria das sondagens é o 3 do BE passar para o PSD e o 2 do CDS invés de se tornar o 1 do MEP tornar-se o 9 do PS que lhe confere uma vantagem em eurodeputados e não apenas em votos em relação ao PSD.
ResponderEliminarComo qualquer previsão corro o risco de me enganar mas não acho que esteja a colocar cenários completamente irrealistas. Se falhar é porque pensei que o PSD iria sofrer mais sob a liderança de Ferreira Leite. Se tal acontecer terei de reconhecer mérito a Paulo Rangel mesmo que o acréscimo do PSD se faça à custa do CDS.
Cumprimentos,
Daniel.
A dúvida será entre o 9ºps(ou psd) e 3ºcdu(ou bloco)
ResponderEliminarO Daniel não pode ainda votar é?
ResponderEliminarAnónimo,
ResponderEliminarSão dúvidas que no domingo à noite veremos desfeitas. As múltiplas sondagens/projecções a que tive acesso vêm sistematicamente confirmar essas dúvidas. Vai ser seguramente interessante analisar os resultados e perspectivar as legislativas.
Cumprimentos,
Daniel.
Pedro,
ResponderEliminarNas eleições de amanhã ainda não mas nas legislativas e nas autárquicas já o poderei fazer.
Cumprimentos,
Daniel.