Este artigo do Público e estes dois artigos do i dão-nos as últimas novidades da "novela" Irão.
Os dois primeiros artigos tratam do bloqueio feito ao Facebook até às eleições presidenciais de 12 de Junho, a realizar naquele país. As autoridades iranianas terão bloqueado o site em todo o país devido ao facto de o candidato da oposição Mir-Hossein Mousavi estar a utilizar aquela rede social para promover e organizar a sua campanha. Mousavi contava já com mais de 5000 "amigos". Nenhum dos artigos revela se este candidato está presente ou não em outras redes sociais como o Hi5, Twitter, Orkut, Youtube, etc. Este candidato já foi primeiro-ministro e conta com o apoio do ex-presidente reformista Mohamad Khatami e dos principais partidos reformistas. É visto como o principal adversário de Ahmadinejad que tenta renovar o mandato.
O último artigo revela mais um teste de mísseis realizado pelo Exército iraniano e que terá como fundamento enviar uma mensagem a Obama e Netanyahu, bem como aos eleitores iranianos.
Estes três artigos recordam-nos a instabilidade da região e mais um quebra-cabeças na já preenchida agenda de Obama. Pessoalmente classificaria Ahmadinejad como "cão que ladra mas não morde" contudo não será prudente menosprezar o seu regime e o seu potencial bélico em ascensão. Escusado será dizer que os EUA não se poderão dar ao luxo de abrir uma terceira frente de guerra quando as tropas no Afeganistão e Iraque terão de ser reforçadas para pôr fim a essas duas guerras, já de si bastante complicadas, cada uma com as suas especificidades e objectivos delineados. A própria política externa de Obama é reveladora de que os dias da diplomacia dura voltaram a Washington. E a administração Obama terá de utilizar todo o seu prestígio e competência para que essa diplomacia directa surta efeito, levando também os seus aliados a seguirem a mesma via.
É demasiado perigoso alimentar o ego de Ahmadinejad e dar-lhe demasiada atenção porque afinal de contas, é esse o seu objectivo. Contudo ter uma atitude arrogante e ignorar todos os sinais que vêem do Irão é também uma posição a evitar. Sem dúvida, um caso extremamente complicado para os EUA e para os seus aliados. O Irão não se pode tornar uma potência nuclear mas a persuasão terá de ser feita não por via das armas mas por via do diálogo. E esse diálogo irá depender muito do resultado das próximas eleições presidenciais.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário