O presidente Barack Obama decidiu criar um gabinete na Casa Branca responsável pela cibersegurança. Este gabinete é fruto de um relatório que o presidente pediu sobre o estado das defesas "online" dos EUA e encontra-se alinhado com a estratégia do Pentágono visto o mesmo estar a planear um comando militar inteiramente dedicado à ciberguerra.
O Público desenvolve esta notícia constatando que o novo gabinete ficará a cargo de um "ciber-czar" que terá como objectivo coordenar os esforços levados a cabo pelos vários organismos que dedicam parte dos seus recursos à cibersegurança. O relatório entregue a Obama terá apontado várias deficiências na resposta dos EUA a um ataque deste tipo e uma necessidade urgente de redobrar esforços. A preocupação de Obama tem sido crescente especialmente depois das suspeitas de ciber-espionagem por parte do governo de Pequim e após um pirata informático se ter conseguido infiltrar no sistema responsável pela rede eléctrica, ataque esse que não originou qualquer consequência.
Tal como qualquer outro campo/sector a defesa tem sofrido vários desenvolvimentos e apresentado a sua própria evolução. Bill Gates, Larry Page, Sergey Brin e companhia demonstraram que informação é poder. E cada vez mais o poder da informação suplanta o próprio poder bélico. Nenhum governo pode descurar a crescente importância da ciberguerra pois a mesma pode provocar efeitos tão nefastos como o lançamento maciço de bombas.
Tal como na guerra química é necessário construir defesas para a ciberguerra e preparar os organismos governamentais e a própria população para um cenário deste género. Actualmente é possível um míudo sediado numa garagem manipular o sistema de distribuição de água, o sistema de distribuição de electricidade, a gestão hospitalar, o tráfego aéreo, os movimentos bancários e bolsistas, estruturas políticas e militares, etc. É um novo tipo de guerra, com um novo tipo de inimigos e com um novo tipo de armamento. E pelo facto de um computador ligado à Internet não encerrar em si uma bomba nuclear, isso não significa que não possa ser tão ou mais letal para um país.
Num mundo globalizado tudo mudou e a guerra não fugiu a essa "regra". Quem pensar que a defesa de um Estado se faz somente com aviões, tanques e metralhadoras está ainda num cenário de guerra do século XX.
sábado, 30 de maio de 2009
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Sobre o discurso de Obama, o comentário do Bruce Schneier. O blog dele é muito interessante.
ResponderEliminarObrigado pela dica! Não conhecia o autor mas é um expert na área, algo que se nota logo pelo blog.
ResponderEliminarAbraço,
Daniel.