sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Emprego precisa-se

Com a crise económica e financeira internacional veio também o "pesadelo" do desemprego. Um pouco por todo o mundo, milhões de empregos foram destruídos num curto espaço de tempo afectando gravemente o desenvolvimento económico e social desses países.

O desemprego é um flagelo que causa pobreza, agitação social, insegurança, entre tantos outros efeitos nefastos para uma sociedade. Também a nível económico o desemprego é avassalador. Aumentam as despesas com subsídios de desemprego e de apoio social, diminuem as receitas com impostos por via da diminuição do consumo e o volume da segurança social encolhe com menos pessoas a descontar e mais a receber. É um entrave ao desenvolvimento de um país e à prosperidade de uma população. Como tal considero que o combate ao desemprego deve ser o "núcleo duro" de uma governação em tempo de crise. Existem várias formas e maneiras de o fazer mas a prioridade deve ser comum.

Nos EUA Obama alivia impostos às PMEs para lhes facilitar o acesso ao crédito e permitir a sua modernização e coloca em prática ínumeros projectos relacionados com ambiente, telecomunicações, vias de comunicação, etc para criar novos empregos e oportunidades de negócio. Para financiar este seu estímulo à economia pretende aumentar os impostos para as pessoas singulares mais abastadas bem como criar novas taxas aos bancos para que o governo "receba de volta" uma parte da ajuda enviada aos bancos no início da crise financeira. Além disto pretende também cortar com cerca de 120 programas federais sendo que um dos mais mediáticos é aquele que previa uma nova expedição tripulada à Lua até 2020.

Por cá o governo tem apostado numa forte parceria com as IPSS para criar empregos com especial destaque para a reinserção no mercado de trabalho de pessoas que dependiam do RSI (rendimento social de inserção). Outra ferramenta que pode desempenhar um papel chave no combate ao desemprego é o microcrédito através do novo Plano Nacional de Microcrédito. Um pacto entre governo, bancos, sociedades financeiras e Associação Nacional de Acesso ao Crédito pode resultar em empréstimos até 25 mil euros com taxas de juros bonificadas a serem concedidos a pessoas com poucas ou nenhumas garantias do ponto de vista financeiro. As obras grandes públicas têm sido também apontadas como uma saída para o preocupante crescimento do desemprego nacional.

Independentemente da minha opinião pessoal sobre as medidas em si creio que a prioridade está bem definida em ambos os casos. Uma espiral crecente de desemprego é extremamente negativa sobre todos os pontos de vista. Sem emprego não há criação de riqueza, não há exportações, não há consumo, não há inovação, não há crescimento. Existe apenas uma degradação social fortemente vincada e com impactos económicos muito grandes. Para retomarmos o caminho do crescimento económico e do desenvolvimento social é urgente dizer "Emprego precisa-se!".

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